Com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), o direito à liberdade de expressão passou a ser compreendido como base para a consolidação dos regimes democráticos e a efetivação de demais direitos humanos e liberdades fundamentais. Desde então, o direito à liberdade de expressão é garantido por tratados internacionais e reconhecido por diversos países em suas legislações domésticas. Tais documentos buscam estabelecer princípios para a liberdade de expressão, de forma a garantir a livre manifestação e circulação de idéias e opiniões podendo ser exercida pelos mais variados grupos étnicos, religiosos, sociais, etc.
Em minha trajetória ao longo dos meus 23 anos que trabalho como jornalista, já sofri muitas ameaças de pessoas que, por sua ignorância, queriam privar o direito da minha liberdade de expressão. Geralmente políticos que na maioria das vezes ficavam indignados por denunciarmos suas falcatruas... Ou seja, suas roubalheiras. Nunca me calei, pois no dia em que as ameaças calarem a boca da comunicação, e a plena liberdade de expressão, o povo vai gemer ainda mais. Em uma conversa formal que tive com um grande amigo que é juiz, ele me disse: “Franklin, no dia em que nós magistrados, vocês jornalistas, e nossos irmãos policiais nos submetermos a ameaças, a sociedade perecerá."
Há cinco meses trouxemos uma unidade do nosso jornal para Tocantinópolis, o Jornal Tolerância Zero, para cobrir na região, 82 municípios nos estados de Tocantins, Maranhão e Pará (jornal mensal). Já tivemos duas edições e vamos para a terceira. Na segunda edição, fiz uma matéria que retratava a perseguição por parte do Prefeito Kleiton Paulo, da cidade de Nazaré – TO, para com as pessoas que fazem parte da base política do Deputado Moreira. O intuito era alertar a sociedade e seus poderes constituídos, que o povo não pode e de forma nenhuma poderia sofrer por intrigas políticas. A reportagem tinha o título: O Excêntrico No Poder. Já na nossa primeira edição, fiz uma matéria em favor dos professores da cidade de Maurilândia-TO., que tinha como título “O Laranja”. A reportagem falava sobre a falsificação das assinaturas, e do roubo do abono salarial dos professores de Maurilândia, que na época o então prefeito Alvino de Sousa junto com seu comparsa e sobrinho Gilderlan Ribeiro de Sousa Melo, então secretário de finanças, que estão sendo acusados de falsificar assinaturas e roubar o dinheiro do abono salarial dos professores. E que agora seu Gilderlan, Prefeito, pela a decisão do tribunal de justiça teve cassado seu mandato.
Pois bem... Estava eu por volta das 11:30 da manhã de ontem, 26 de outubro no lanche da senhora Dijé, próximo o banco do Brasil, quando o senhor Gilderlan, junto com dois senhores, se aproximaram para me questionar sobre a reportagem que fiz sobre sua pessoa, (O LARANJA) que segundo ele, tinha Influenciado muito na decisão do tribunal de justiça em relação a cassação de seu mandato de prefeito do município de Maurilândia.
De maneira educada, respondi a ele que nós, trabalhadores da comunicação, temos o dever de transmitir ao povo a realidade dos fatos, que por muitas das vezes não agradam a alguns, e que no passado fizemos uma reportagem negativa sobre ele, mas que no futuro poderia ser positivo, o que iria determinar seriam suas atitudes. Ele por sua vez, visivelmente alterado, questionou sobre a minha amizade com Paulo Labre, contador de minha empresa. Ao longo da conversa disse, usando essas palavras. "Fique atento você e o Paulo Labre", que segundo ele nossa reportagem tinha influenciado muito na cassação e perca de seu mandato. Direcionei-me a Delegacia De Polícia e representei T.C.O para que no próximo dia 22, o Sr Gilderlan explique para o Juiz o que ele quis dizer, quando usou a expressão “Fiquem atentos, você e o Paulo Labre”.
Caro Sr. Gilderlan, a liberdade de expressão existe, mas não podemos usá-la para ameaçarmos as pessoas. Hoje a justiça está muita atenta sobre os políticos que desviam verbas públicas, o que para mim é roubo. Pessoas como você e seu tio, que foram denunciados pelo Ministério Público e estão sendo processados. Caso a justiça prove suas falcatruas, em minha opinião os senhores deveriam ir para a cadeia. Se você observar seu processo, e o processo que ainda vai ser movido contra sua pessoa sobre a falsificação das assinaturas dos professores, não está muito difícil disso acontecer. O senhor não teve o parecer favorável no fórum de Itaguatins, e no Tribunal de Justiça. E quando for para o (S.T.F) Supremo Tribunal Federal, aí que a coisa vai ser feia para o senhor. Um conselho: por que o senhor não canaliza suas energias para dar explicações para a justiça e pais de família de Maurilândia que tem seus filhos estudando na rede pública, os professores que votaram no senhor, e como está sendo provado suas mentiras, então você traiu a confiança a todos. Pois não imagino como o senhor encara essas pessoas. Você deve ter um grande estoque de Óleo de Peroba. Lembre-se o meu jornal tem o nome de TOLERÂNCIA ZERO não por acaso...
Franklin Alves, Jornalista, DRT - 129, Diretor Superintendente - J.T.Z