A reportagem, baseada num estudo exclusivo da Exame/Deloitte identifica as 10 regiões mais dinâmicas do Brasil, em acelerado crescimento.
Segundo a revista, pela localização e pelas perspectivas, a região de Porto Franco vem atraindo empresas nos últimos anos, e caso a Transnordestina - ferrovia que deve ficar pronta em 2013 - saia do papel, deverá melhorar o escoamento da produção do Mapito ((Maranhão-Piauí-Tocantis) e Porto Franco, então, se tornará um dos principais entroncamentos ferroviários e de logística do país. Confira a matéria:
Um lugar no meio do caminho
A cidade de Porto Franco, no Maranhão, fica no meio do caminho entre o Mapito, a porção fértil do cerrado que toma parte do Maranhão, Piauí e Tocantins, e Itaqui, o porto brasileiro mais próximo dos mercados do hemisfério norte.
Localizada750 quilômetrosao sul de São Luís, porto Franco é banhada pelo rio Tocantins, cortada pela rodovia Belém-Brasília e pela ferrovia Norte-Sul, já em plena operação até o Porto do Itaqui.
Pela ferrovia passam 6 milhões de toneladas por ano de produtos como grãos e biocombustíveis. Quando o trecho da Norte-Sul entre Palmas, no Tocantins, e Anápolis, em Goiás, estiver completo, o que está previsto para 2012, o volume deve chegar a 27 milhões de toneladas.
Há estudos também, ainda sem prazo de conclusão, de um ramal para ligar a Norte-Sul á Transnordestina, ferrovia que deve ficar pronta em 2013. Se o projeto sair do papel, deverá melhorar o escoamento da produção do Mapito, responsável por 5% da safra brasileira de grãos. Porto Franco, então, se tornará um dos principais entroncamentos ferroviários e de logística do país.
Pela localização e pelas perspectivas, a região de Porto Franco vem atraindo empresas nos últimos anos. Em 2004, ao procurar um lugar para expandir suas atividades, o grupo Algar Agro escolheu a cidade para construir uma unidade de armazenamento e esmagamento de soja de 200 milhões de reais. “Além da localização, nossa opção levou em conta o grande contingente de mão de obra jovem que vem sendo qualificada”, diz Leonardo de Freitas, superintendente da Algar Agro.
Inaugurada em 2007 com capacidade de esmagar 480.000 toneladas por ano, a fábrica mudou a vida do lugar. Desde então, Porto Franco vem criando um distrito agroindustrial às margens da ferrovia, que além da Algar Agro, já conta com unidades da Cargill, da Bunge e da Ceagro.
A instalação do pólo agroindustrial deve impulsionar a economia local ao longo da próxima década. “O processamento da soja deve desenvolver também atividades como a pecuária e a avicultura”, diz o economista Giovanni.
Por Angela Pimenta/Exame