A cada dia que passa a Delegacia de Polícia de Tocantinópolis que abriga 28 presos está se tornando um verdadeiro barril de pólvora prestes a explodir.
Com uma estrutura física precária para poder abrigar os detentos, muitos deles que já são condenados e estão encarcerados de maneira sub-humana, começaram a brigar entre si, num verdadeiro ambiente de filme de ficção, mas, numa realidade nua e crua para detentos e agentes que por lá convivem.
Na semana passada noticiamos que o reboco das paredes da delegacia caindo logo após as primeiras chuvas do inverno e agora estressados, três presos iniciaram uma discussão na madrugada deste ultimo sábado (20), quando o dia estava amanhecendo e dois deles armados com um "Chuncho", (instrumento de fabricação caseira, comumente utilizado como armas por detentos), desferiram cerca de 18 golpes em Iraziel Gomes Sobral.
Os detentos que atacaram Iraziel são conhecidos como "Alessandro ou Ratinho" e "Leandro ou Cocão", este ultimo já condenado por homicídio.
Para quem não lembra, Iraziel é o mesmo que matou em 19 de Fevereiro de 2011, o comerciante conhecido como "Nêguinho da Beira Rio" a golpes de chave de fenda e pedradas. (Clique Aqui para ver a matéria da época).
183 dias depois de ser preso, Iraziel aproveitou-se da fragilidade da cadeia pública de Tocantinópolis e fugiu depois de cavar um buraco no teto da cela. (Clique Aqui e reveja a matéria da época).
O assassino ficou apenas dois dias fora da cadeia, cercado e sem ter como fugir da cidade e nem para onde ir, o meliante se entregou no fórum de Tocantinópolis, se apresentando ao Juiz substituto da época, Dr. José Eustáquio de Melo Junior. (Clique e reveja a matéria)
Depois de ser transferido para outra cadeia, o assassino foi recambiado novamente para Tocantinópolis a cerca de seis meses e novamente começou a causar problemas aos agentes carcerários, só que desta vez ele se deu mal. Iraziel foi retirado da cela onde estava bastante ferido para ser levado ao Hospital Municipal de Tocantinópolis para receber atendimento médico, e agora está isolado dos outros presos por precaução.
A LUZ NO FIM DO TÚNEL
Ao que parece, as autoridades irão enfim tomar uma atitude quanto a situação da cadeia pública de Tocantinópolis, pois na ultima segunda-feira (15), uma comissão de magistrados estiveram visitando a delegacia para averiguação da situação da mesma, e viram "in loco" a realidade do lugar.
Participaram da visita o Juiz da Vara de Execuções Penais de Gurupi Dr. Ademar Alves de Souza Filho, o Juiz da Vara de Execuções Penais de Palmas Dr. Zilmar dos Santos Pires, o Juiz de Direito Dr. Erivelton Cabral Silva, o juiz de direito e presidente do Juri Dr. Erivelton Cabral Silva, a assessora criminal Joana D'arc Barros, A promotora de Justiça Cyntia Assis de Paula, o responsável pela 5ª CIPM major João Márcio Costa Miranda, a Dr. Denise e o responsável pela Cadeia pública de Tocantinópolis Vínicius Lima Silva.