Na manhã da ultima quarta-feira (31), 88 dos homens que estavam trabalhando em situações precárias, análoga à de escravo, na Fazenda Vale do Canoa III, de propriedade da Siderúrgica Viena de Açailândia (MA), receberam verba indenizatória e foram cadastrados em programa de reforma agrária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Segundo o superintendente regional do INCRA, Ruberval Gomes, no Estado existem 25 áreas de desapropriação de terra . “Esses trabalhadores vão ser cadastrados e depois devem passar por uma seleção, se preencherem os requisitos vão receber um pedaço de terra”, disse.
Os outros 14 trabalhadores que estavam na Fazenda Buriti devem receber indenização na próxima quarta-feira, na sede do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Araguaína.
Antônio Silva Ribeiro, 37 anos, disse que estava na fazenda há 20 dias e quando percebeu que estava em situação de risco procurou o MTE. “Resolvi denunciar depois que fui agredido. Fui reclamar da alimentação que estava péssima e um encarregado da fazenda me empurrou.” Já Francisco Pereira Carvalho, 39 anos, que estava na fazenda há três meses, diz que sente aliviado.
O representante da empresa que estava presente na reunião não quis se manifestar sobre o resgate dos trabalhadores, ocorrido na semana passada.
Jornal do Tocantins