Pode se considerar uma verdadeira "Estrutura de guerra", montada para alimentar os 15 mil operários de Belo Monte, no Pará, onde os trabalhadores se distribuem em três frentes de obras.
Para as 25 mil refeições são usadas sete toneladas de carne todos os dias.
"Uma estrutura de guerra". É como a coordenação das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, descreve as rotinas adotadas para alimentar os mais de 15 mil operários que atuam nas três frentes de trabalho na usina. Diariamente são produzidas na cozinha industrial do lugar mais de 25 mil refeições.
O principal canteiro é onde está sendo construída a casa de força que vai receber as turbinas utilizadas para a geração de energia. No segundo canteiro um paredão de concreto está sendo erguido a cerca de 100 metros do nível do mar.
Enquanto na terceira frente de trabalho estão a construção do canal de derivação, caminho por onde o rio Xingu será desviado e cuja passagem das águas irão gerar 11 mil megawatts (MW) de energia elétrica. Os trabalhos devem durar, pelo menos, mais cinco anos.
Para alimentar o exército de 12 mil operários que trabalham diretamente nos canteiros e os 3 mil trabalhadores das empresas subcontratadas para a obra, são produzidas todos os dias 25 mil refeições.
Em apenas um dos canteiros, são consumidos diariamente sete toneladas de carne, 1.500 quilos de arroz, 700 quilos de feijão e 2 mil quilos de frutas. As refeições são preparadas em panelas gigantes com capacidade para 500 quilos de comida cada uma.
"Tudo isso demanda e é uma batalha. É uma estrutura de guerra porque temos de ter sempre isso em mãos para servir o trabalhador", classifica Marcos Sordi, diretor administrativo do Consórcio Construtor de Belo Monte.
A USINA
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 19 bilhões. O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis.
G1/PA-TV Liberal