Cerca de oito mil funcionários reivindicam alguns benefícios. Canteiros de obra em Belo Monte foram alvo de vandalismo.
Os trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte seguem pelo segundo dia de paralisação nos canteiros de obra nesta terça-feira (13), em Altamira. Os funcionários reivindicam visitar a família a cada três meses, além do aumento do vale alimentação de R$ 110 para R$ 300 e reajuste salarial.
O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), empresa contratada para executar as obras civis da Usina Hidrelétrica Belo Monte, informou que na madrugada desta segunda (12), os Sítios Belo Monte, Canais e Diques e Pimental foram alvos de vandalismo.
Cinco pessoas foram presas nesta segunda, em flagrante, pelos crimes de incêndio criminoso e formação de quadrilha, a princípio, pois segundo a polícia, outros crimes estão sendo apurados. O flagrante foi comunicado a Justiça na manhã desta terça.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Leão, a polícia investiga também autoria de cada suspeito e a participação do grupo em outros crimes, como roubo e lesão corporal. As pessoas estão detidas na superintendência de policia de Altamira e aguardam uma posição da Justiça.
Ainda de acordo com informações do delegado, um dos suspeitos já havia se envolvido em outras manifestações, incluindo a que ocorreu no sábado em outro canteiro de obras. Ele afirma que os suspeitos presos foram reconhecidos por membros da equipe de segurança do Consórcio em imagens das câmeras de segurança e de celulares.
Leão afirma que, a partir dos depoimentos de testemunhas que foram ouvidas nesta segunda, as investigações já apontam outros cinco envolvidos nos crimes de incêndio. A polícia continua investigando o caso e busca responsabilizar os suspeitos pelos crimes cometidos.
ENTENDA O CASO
Cerca de 8 mil funcionários paralisaram os serviços no canteiro de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte desde as primeiras horas desta segunda-feira (12). Os trabalhadores atearam fogo nas máquinas e em um ônibus, bloqueando a rodovia Transamazônica, na altura do km 55, impedindo o tráfego na área. Os suspeitos também teriam destruído parcialmente as dependências dos alojamentos, entre as instalações de refeitórios, alojamentos, áreas de lazer, escritórios e oficinas.
Do G1/PA