Três dias depois de ter matado Ronaldo Santos Silva com um golpe de faca no peito, Walison Bezerra dos Santos ou "Tote" como é mais conhecido, de 31 anos, se apresentou a delegacia de polícia de Tocantinópolis acompanhado da defensora pública Drª Denise Souza Leite.
Sobre o ocorrido, Tote contou que havia começado a ingerir bebidas alcoólicas ainda no sábado (10), um dia antes do crime, e que também havia usado maconha e estava sem dormir a mais de 24 horas.
Ainda durante o depoimento Walison disse que não recordava muito dos acontecimentos do Domingo (11), por estar muito embriagado, mas, lembrou que esteve em um bar próximo a sua casa e que lá teve um desentendimento com alguém, não sabendo informar quem era essa pessoa. Lembrou-se que foi agredido com uma cadeira e com um soco no rosto que lhe causou uma pequena lesão na parte interna do lábio superior, mas, não se lembrava de ter furado ninguém.
Sobre as proprietárias do bar, Walison explicou que não as conhecia e que não se recordava de ter falado com mais ninguém na hora do ocorrido.
Já no outro dia o acusado contou que estava escondido em uma chácara que pertencia a seu avô já falecido, quando um dos seus tios lhe contou que o rapaz com quem ele havia brigado tinha falecido, verdade esta que segundo ele, o deixou muito arrependido.
Palitote informou que ficou sabendo do nome da vítima somente agora quando estava sendo interrogado, e que a arma usada por ele no dia do crime foi uma faca tipo "peixeira" de aproximadamente uns 15 centímetros. Quando perguntado sobre o paradeiro da faca, o mesmo respondeu que havia jogado a arma dentro do ribeirão que passa próximo a feira.
Perguntado sobre onde residia anteriormente, o acusado respondeu que antes de voltar para Tocantinópolis estava residindo em Arniqueira-DF., e por causa de problemas com sua ex-mulher havia retornado para cá a cerca de seis meses atrás.
Após ser ouvido, Walison foi encaminhado para a carceragem da delegacia, por conta de um mandato de prisão expedido nesta mesma quarta-feira (14), pelo juiz de direto Dr. Helder Carvalho Lisboa, baseado nos artigos 312 e 313, Inciso I, do Código Penal.
No momento que o acusado estava sendo levado para dentro da carceragem uma irmão de "Tote", muito chorosa disse que ele havia feito "aquilo" porque estava drogado.
Na justiça Walison já havia respondido por dois inquéritos policiais, um em 2006 pelos ART. 129, 147 e 163 DO CPB, da LEI 10.826/03 (Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem - Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave - Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia).
O outro inquérito de "Palitote" consta do Art. 155 do CPB (Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel), desta vez do ano de 2008.