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Executiva Nacional Destitui Diretório do PMDB no Tocantins

Data do post: 15/11/2012 12:57:09 - Visualizações: (714)

Júnior Coimbra deixa a presidência; nova comissão foi formada ontem e será presidida por Marcelo Miranda

         O PMDB encerrou ontem mais um capítulo de uma polêmica que não deve terminar tão cedo. A Executiva Nacional do partido destituiu o diretório estadual do PMDB do Tocantins, tirando da presidência o deputado federal Júnior Coimbra. Uma comissão provisória foi anunciada ontem mesmo pela direção nacional do partido. A comissão será presidida pelo ex-governador Marcelo Miranda e terá como membros o também ex-governador Carlos Gaguim, o suplente de deputado federal Osvaldo Reis, os deputados estaduais Josi Nunes, Eli Borges e Ricardo Ayres, e o dirigente peemedebista Derval de Paiva. A comissão terá 90 dias para convocar eleição para a composição de um novo diretório estadual.


            O racha interno no PMDB do Tocantins começou quando o então presidente da sigla, Júnior Coimbra, adotou uma postura de aliança ao governo do estado. A decisão causou revolta de setores do partido que defendem um discurso mais oposicionista, adotando a linha histórica de embate ao governo Siqueira Campos. "Ele (Coimbra) tomou uma decisão unilateral, sem consultar os membros do partido. O PMDB é um partido democrático e não aceita esse tipo de coisa", argumentou Osvaldo Reis.
Diante da postura de Coimbra, um grupo liderado por Marcelo Miranda, Carlos Gaguim, Osvaldo Reis e Josi Nunes, colocou em prática uma manobra para tirar Coimbra do cargo, que começou com a renúncia de 48 dos 94 membros (titulares e suplentes) do diretório estadual da legenda sob o argumento de que seriam todos contrários à postura do partido de se aliar ao governo do estado.
A Executiva Nacional acatou o argumento e fez cumprir o artigo 28º do estatuto do partido, ponto que estabelece que os diretórios só poderão deliberar com a presença da maioria de seus membros com direito a voto.
Coimbra contesta a decisão e diz que a atitude foi incoerente ao estatuto do partido. A tese do deputado é que apenas os 71 membros titulares do diretório têm direito a voto, sendo outros 23 suplentes. Dos 48 que renunciaram, 38 eram titulares, o que deixou o diretório com apenas 33 membros com direito a voto. Coimbra argumenta que com a titularidade dos 13 suplentes que não renunciaram, o diretório ficaria com 46 membros titulares, número suficiente para deliberar. "A decisão foi arbitrária e incoerente. Vou recorrer da decisão na Justiça comum e vou voltar à presidência em breve", garantiu.
Coimbra também poderá disputar a eleição, que será convocada em 90 dias para a montagem da nova direção estadual do PMDB. Coimbra não teria perdido todas as suas forças dentro da sigla. Ele conta hoje com o apoio expresso de quatro dos seis deputados estaduais, além de, numa eleição para do diretório do PMDB, poder contar com a estrutura de apoio do governo do estado. Diante desse poderio, Osvaldo Reis disse não se amedrontar. "O PMDB está amadurecido. Não somos mercadoria para sermos vendidos", respondeu.


          Entenda

            A direção nacional do PMDB destituiu o diretório estadual do partido no Tocantins. A decisão tirou do cargo também o presidente estadual PMDB, deputado federal Júnior Coimbra. Foi nomeada também uma comissão provisória que será presidida pelo ex-governador Marcelo Miranda, e terá como membros o ex-governador Carlos Gaguim, o suplente de deputado federal Osvaldo Reis, os deputados estaduais Josi Nunes, Eli Borges e Ricardo Ayres, além do dirigente do partido Derval de Paiva.

Emerson Alencar/JT

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