Edivaldo Francisco da Silva de 53 anos e Roberto Alves Pinheiro de 44, aplicaram o golpe do falso bilhete premiado da mega sena, onde conseguiram ludibriar uma senhora evangélica, levando-lhe dinheiro e mercadorias.
A dupla de estelionatários resolveu atacar em Tocantinópolis, onde acabaram se dando mau. Segundo a vítima relatou na delegacia, Roberto Alves viu a senhora Damiana Batista Mendonça caminhando pela Avenida Nossa Senhora de Fátima, e apressou o passo atrás dela onde reclamou: "ai como é ruim agente não conhecer ninguém, é ruim agente não saber ler", e isso chamou a atenção da vítima, que lhe perguntou o que estava acontecendo. Roberto então lhe explicou que não sabia ler e que estava procurando o endereço de um veterinário cujo o nome estava escrito em um pedaço de papel, ela explicou a ele que perto da praça tinha dois veterinários, quando o outro comparsa Edivaldo Francisco aproximou-se dos dois e perguntou qual era o problema, e Damiana lhe disse que o moço estava procurando um veterinário e que não sabia ler, quando Edivaldo perguntou o que Roberto queria com este tal veterinário, e que o outro comparsa disse que tinha negócios com ele, citando: "Eu sou evangélico e você sabe que agente não pode confiar em todo mundo e eu tenho um papel aqui da loteria que eu ganhei um prêmio e este veterinário vai resolver pra mim, vai me ajudar a receber o prêmio, porque eu não tenho documento e parece que o valor é R$ 20 mil". Neste momento Edivaldo disse que também era evangélico e lhe mostrou uma carteira da polícia de Brasília falsa e que ele ajudaria a resolver o problema com apenas uma ligação e disse: "deixa eu ligar aqui, porque eu tenho peixada lá na caixa e eu vou ligar pra saber se é verdade este negocio".
Damiana contou ainda que Edivaldo Francisco se fez que estava fazendo a ligação contando a situação para o atendente virtual do telefone passando os números apostados, momento este que ele lhes informou que o prêmio era maior, e que tinha dois ganhadores com mais R$ 200 mil para cada um. Após isso, Roberto Alves disse que se os dois lhe ajudassem a receber o prêmio ele daria R$ 10 mil para cada um, e assim o comparsa topou e disse que teria de ter uma conta para que o valor fosse transferido para ela, Damiana então aceitou lhes emprestar sua conta no banco para que em troca recebesse os R$ 10 mil. Com isso os três entraram no veículo de Edivaldo, um Focus de cor preta e Placas NWX-1155 de Imperatriz e se dirigiram para a residência da vitima para buscar o cartão do banco. Chegando na casa, perceberam que Damiana era vendedora de perfumes, momento este que o ganhador fictício já lhe comprou todas as mercadorias que segundo ele era pra presentear seus parentes, e também lhe perguntaram se ela tinha dinheiro, e como a vítima disse ter ficado "besta" com aquela situação lhes mostrou uma quantia de mais de mil reais que estava guardando para pagar as mercadorias que ela havia comprado dos fornecedores.
Já na porta do banco Edivaldo pediu que a senhora Damiana tirasse um extrato de sua conta pra provar que a conta estava realmente normal, se não estava devendo alguma coisa ao banco, com isso a vitima disse que já ia saindo do carro com o dinheiro dela escondido dentro dos seios quando um deles disse: "A senhora vai sair com essa quantia ai nos seios, deixa aqui com a gente", e como ela havia dito que parecia estar encantada fez o que ele pediu e foi para o banco tirar o extrato, após ter feito a operação, voltou e não encontrou mais o veículo no lugar que havia deixado. Quando percebeu que havia caído em um golpe a senhora Damiana procurou uma viatura da polícia militar do "Paban", Policiamento Bancário e contou toda a história.
Os policiais então colocaram a senhora na viatura e começaram a procurar os estelionatários nas redondezas, e como não encontraram acionaram o policiamento das cidades vizinhas que fazem ligação com Tocantinópolis que montaram barreiras.
Minutos depois os dois foram presos no pátio do Posto Trans-BR em Aguiarnópolis, e na seqüência trazidos para a delegacia de polícia de Tocantinópolis.
No carro dos acusados que está com a documentação em dia, os policiais encontraram R$ 1.401,55 (Mil quatrocentos e um reais e cinqüenta e cinco centavos) em dinheiro de papel e moedas, além dos perfumes que a vítima vende. O que chamou a atenção eram alguns pequenos pedaços de madeira que os meliantes usavam para colocar no meio do dinheiro para aparentar um volume maior.
Roberto Alves Pinheiro já tem passagem pela polícia por estelionato, ele e seu comparsa Edivaldo Francisco da Silva estão presos na delegacia de Tocantinópolis a disposição da justiça pelo crime de Estelionato, Art. 171 com pena de 1 a 5 anos de reclusão.
Por Romário Agitu's Toc