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Em Marabá, Ponte Quebrada Entre os PA's João Vaz e Sabino São Pedro Prejudica ano Letivo de Estudantes

Data do post: 28/11/2012 10:02:37 - Visualizações: (862)

Uma ponte que liga o PA João Vaz ao PA Sabino São Pedro, na Vicinal do Geladinho, no Bairro São Félix Pioneiro, foi tomada pelo fogo na madrugada do último domingo (25).

Foto Portal CT On Line         É que, revoltados com a situação, alguns populares resolveram incendiar o tabuleiro da ponte, que há muito já estava quebrada e recebendo remendos feitos dos próprios moradores.

            O pior é que o problema não para por aí. Com a intrafegabilidade da ponte, exatos 242 alunos da Escola “Joel Pereira Cunha”, que estudam da Educação Infantil até o 9º ano do Ensino Fundamental, tiveram suas aulas interrompidas desde a semana passada.

Por conta disso, o ano letivo desses estudantes está sendo prejudicado. A ponte fica a 3 quilômetros e 100 metros da escola e a 6 quilômetros e meio da entrada do Bairro São Félix Pioneiro.

            A coordenadora pedagógica da escola, Márcia Lopes de Brito, informou que o motorista do ônibus escolar, mesmo com a ponte repleta de remendos, até alguns dias atrás, transportava os alunos.

            “Quando chegava à cabeceira da  ponte, as crianças desciam e atravessavam a pé, em seguida o motorista passava com o ônibus. Ele ficava com medo de a ponte despencar. Mesmo assim se tornava perigoso por ter crianças pequenas, inclusive de até 4 anos”, explicou Márcia Lopes.

            Ele ressaltou que tanto a Secretaria Municipal de Educação (Semed) quanto a de Obras estão cientes da situação. “Desde quando surgiu esse problema enviamos ofícios, mas não recebemos resposta”, assinalou, complementando que agora, as aulas estão paradas e a direção da escola ainda não sabe como ficará a situação do restante do ano letivo.

            PREJUDICADOS

            O agricultor Leônidas Alves de Araújo, 70 anos, morador há 22 da Vicinal Geladinho disse ao CORREIO DO TOCANTINS que considera isso um descaso do poder público. “Já estava quase intrafegável e agora piorou. Inclusive, as professoras pararam as aulas porque o motorista do ônibus não quis mais passar. A gente não sabe quem colocou fogo na ponte, isto é um ato de vandalismo, acredito que foram os próprios moradores revoltados”, revelou ele.

            Para Leônidas, a população ficou toda prejudicada, principalmente as crianças que estudam na escola e agora correm o risco de não terminaram mais o ano. A ponte tem cerca de 50 metros de extensão.

            Com a ponte quebrada, os carros de pequeno e grande porte fazem um desvio equivalente a 50 quilômetros, passando pelo Bairro de Morada Nova e por Murumuru. “O constrangimento está grande demais. Está todo mundo prejudicado, as crianças mais ainda”, reforça o agricultor.

            A também moradora da Vicinal do Geladinho Márcia Brilhante Brito, 32 anos, agente comunitária de saúde, afirmou que está difícil de trabalhar com a ponte quebrada. “Antes dava para nós passarmos, agora está difícil trabalharmos, arriscando a vida a qualquer momento, caso quebre alguma tábua. O prefeito não quer saber de nada, quase não sai o nosso pagamento, imagine arrumar uma ponte”, observou ela.

            OBRAS

            O Jornal entrou em contato com a secretária municipal de Obras, a advogada Débora Alves de Andrade Pontes. Por telefone, ela informou que assumiu a pasta há apenas quatro dias e agora é que está tomando pé da situação. Entretanto, prometeu conversar com os responsáveis pelo setor responsável. Além de lamentar a situação, Débora prometeu não medirá esforços para fazer o que puder a fim de resolver a situação. A secretária ficou ainda de verificar se existe alguma licitação para a obra da ponte.

Emilly Coelho/ CT On Line

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