Na tarde da última terça-feira (27), a régua pluviométrica no Tocantins marcava6,50 metrosacima no normal. Esta marca, segundo Joab Pontes, coordenador da Defesa Civil em Marabá, foi alcançada apenas em janeiro deste ano. A preocupação agora é com a construção de abrigos para atender as famílias que devem ser atingidas pela cheia. A Defesa Civil já trabalha com um número de aproximadamente mil famílias, ou cerca de quatro mil pessoas, que precisarão sair de suas casas em Marabá.
Joab Pontes disse que várias reuniões foram realizadas para mapear as principais áreas que alagam no período de inverno. A Defesa Civil já conseguiu a licitação para construção de um abrigo público na Folha 16, na Nova Marabá, para comportar 300 famílias.
“Já está tudo acertado para o início da construção do abrigo no dia 16 de janeiro”, garantiu Joab. O coordenador denunciou que em áreas consideradas baixas, como nas Folhas 6, 7 e 13 da Nova Marabá, os moradores estão retirando aterro sem autorização da prefeitura. Essa ação deixa vulnerável o terreno. E uma casa construída no local pode desmoronar com uma forte chuva. “Já denunciamos o problema para a Secretaria de Meio Ambiente. Esperamos que a comunidade colabore com a própria segurança dela”.
De acordo com o coronel Marcos Norat, comandante do Quartel do Corpo de Bombeiros em Marabá, uma reunião foi realizada para definir as ações que serão colocadas em prática, em parceria com a Defesa Civil. A reunião englobou os comandos de Redenção, Parauapebas e Tucuruí.
A próxima reunião será hoje, em Belém, no prédio da Defesa Civil Estadual. O comandante regional vai solicitar pessoalmente à diretoria estadual ajuda para o trabalho em Marabá e mais 28 municípios da região. “Vamos apresentar tudo o que precisamos, desde estrutura física até reforço de soldados bombeiros”.
PREVISÕES
De acordo com previsões da Eletronorte e dados fornecidos pela Defesa Civil em Marabá, o nível dos rios Tocantins e Itacaiúnas deve chegar à marca de11 metrosno final de fevereiro. Se a previsão for acertada, Marabá terá cerca de 930 famílias desabrigadas e 320 desalojadas.
Fonte: Diário do Pará