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Procurado da Justiça de Pernambuco é Preso em Palmeiras do Tocantins

Data do post: 01/12/2012 00:13:07 - Visualizações: (6314)

C. A. de M., 62 anos, é acusado de um homicídio acontecido em 1990 e estava foragido da justiça desde o ano de 1993, ou seja, a 19 anos.

      O Delegado Regional Dr. Tiago Daniel de Moraes, juntamente com agentes da polícia civil de Tocantinópolis, através da operação "Boas Festas", prenderam nesta sexta-feira (30), o senhor Cícero Alves de Moraes de 62 anos, natural de Solidão-PE. Contra Cícero há um mandado de prisão expedido pela Juíza de Direito da Vara Única da Comarca de Tabira-PE. Drª Clenya Pereira de Medeiros, pelos artigos 121 § 2º, II e IV; Art. 129 e Art. 316 do CPP. O primeiro artigo trata de assassinato por motivo fútil sem direito de defesa da vítima. O segundo artigo "129", é o de ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem, e o ultimo artigo "316" é o de Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Segundo o próprio acusado, o crime teria acontecido em 1990.

            Cícero foi encontrado graças a dois veículos que o mesmo possuía em seu nome, uma D-20 Cor Branca, de placas: GMK-1584 e uma Moto Honda CG 125, Cor Preta de Placas: MWC-4873. Um dos veículos consta com um endereço de Tocantinópolis e o outro com o endereço de Palmeiras do Tocantins.

            Cícero foi preso em sua residência, na Avenida Airton Sena nº 349, Centro, em Palmeiras do Tocantins. Na casa onde o foragido residia foram encontradas também várias armas de fogo, quatro espingardas, sendo duas calibre .28, uma espingarda calibre .20, e outra calibre .32, além de um revolver calibre .38 municiado que estava debaixo do colchão onde Cícero dormia.

            Uma das espingardas foi encontrada em uma chácara de propriedade do senhor foragido, localizada no assentamento 1º de Janeiro. Além das armas, foram encontradas também farta munição, como 22 balas de calibre .38, 08 balas do calibre .32, 41 cartuchos intactos de diversos calibres, 23 cartuchos já deflagrados, 12 espoletas grandes e 65 espoletas menores.

            Perguntado sobre o armamento, Cícero contou que o revolver era de uso pessoal, e que o possuía desde quando saiu fugido do Estado de Pernambuco, onde havia o trocado na época, por uma casa.

Foto: Tocnoticias.com.br            As espingardas o senhor disse que as duas de calibre .28 ele havia comprado para revender a dois homens que haviam encomendado as armas para caçar.

            Sobre a acusação de assassinato que pesa contra ele, o senhor Cícero contou que na época estava ele e um primo em um comércio denominado Bar do Xavier no município de Tabira-PE., quando seu primo, topou em um copo de cachaça de um estranho que estava no balcão, momento este que seu primo mandou colocar outra cachaça que ele pagaria. Porém segundo conta Cícero, o homem passou a perna no primo o derrubando e automaticamente o furando no peito com uma faca. O acusado disse que estava muito embriagado e que depois não se lembra ao certo o que aconteceu, mas, sabe que populares presentes tomaram a própria faca do homem e o mataram com ela. Como seu primo estava ferido, ele ficou para socorrê-lo, momento este que a polícia chegou e o prendeu.

            Cícero conta que não chegou a ficar nem 10 dias presos e que saiu porque as testemunhas disseram que ele não havia matado o tal homem. Só que após ser liberado um advogado apareceu em sua residência lhe cobrando R$ 10 mil na época, e que queria lhe tomar até uma geladeira velha que ele possuía. Segundo Cícero, tal advogado disse que a grande quantia era pra ser dividida entre o próprio advogado, o juiz e um promotor. Com medo de voltar para a cadeia o acusado disse ter pego 4 mil emprestado e pagou a quantia cobrada, e que depois disso, um oficial de justiça chegou a falar com ele perguntando se era verdade a história do dinheiro cobrado pelo advogado, que foi confirmada pelo autor, e que o oficial de justiça havia lhe prometido que este lhe devolveria o dinheiro novamente.

            Passado alguns dias, Cícero contou que homens estavam atrás dele a fim de matá-lo em vingança pela morte do outro, e por isso ele e a família foram embora para a cidade de São Paulo, onde ele morou por cerca de 7 anos, e somente depois deste período é que se mudou para a cidade de Palmeiras do Tocantins, onde estava morando a 15 anos, até ser preso na tarde de hoje.

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