27% tiveram das instituições tiveram desempenho insuficiente e podem ser punidas.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou na noite desta quinta-feira (6) índices de qualidade de mais de 2 mil universidades, faculdades e centros universitários. Foram liberados os dados referentes ao Conceito Preliminar de Curso (CPC), que avalia o rendimento dos alunos (pelo Enade), infraestrutura e corpo docente das instituições, e também os referentes ao Índice Geral de Cursos (IGC), que inclui a média dos CPCs e avalia programas de pós-graduação.
As notas do IGC vão de 1 a 5. Do total de 2.136 instituições avaliadas, 50,6% tiveram conceito 3, considerado satisfatório, e 27% tiveram conceito insuficiente, entre 1 e 2. A nota mínima universidade para participar de políticas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é 3. Caso não alcance a meta, a instituição pode ser punida.
>> Acesse as tabelas do IGC de 2011
>> Acesse as tabelas do Enade 2011
Em 2011 foram avaliados cursos das áreas de ciências exatas, licenciaturas, além de cursos dos eixos tecnológicos de controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industria. Cada área do conhecimento é avaliada pelo IGC de três em três anos.
Na avaliação anterior dessas áreas, em 2008, 28,4% das 2.128 instituições avaliadas tiveram notas 1 e 2 e 1% das instituições atingiu nota máxima, 5. Em 2011, esse índice subiu para 1,3%.
O CPC considerou 4.403 universidades – sendo 2.642 públicas e 1.761 privadas – além de 2.245 faculdades e 928 centros universitários. Atualmente, 53,9% das matrículas do ensino superior estão nas universidades, 30,9% nas faculdades e 13,7% nos centros universitários. As notas predominantes no CPC também foram 3 (41,8% dos cursos), 4 (26,1%) e 5 (2,7%).
Melhoria significativa!
De acordo com o MEC, houve melhora significativa nos cursos de ensino superior. Em entrevista à imprensa, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que "a evolução se deu tanto nas instituições públicas como nas particulares, num período de forte expansão das matrículas".
A melhoria de desempenho no CPC, conforme o ministro, foi ainda maior nas universidades públicas, onde a incidência de nota 4 praticamente dobrou em relação a 2008. "Em linhas gerais, as instituições públicas tiveram desempenho melhor do que as privadas nos níveis 4 e 5."
Apesar do dado geral positivo, o estudo mostrou que o país ainda tem um número importante de instituições com rendimento ruim (nível 2) e sofrível (1). Elas somam quase 13% na avaliação do CPC e 27% no IGC. Ou seja, um quarto dos cursos avaliados "não passou de ano" em 2011.
O ministro não quis antecipar quais serão as punições às instituições, mas disse que serão respeitados o processo legal e o amplo direito de defesa. Já está definido, contudo, que essas instituições ficarão fora dos programas de financiamento público aos estudantes. "Não queremos que nossos alunos estudem nessas instituições", afirmou o ministro.
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