A paralisação de 24 horas dos servidores do Executivo estadual pelo pagamento da data-base atingiu cerca de 70% da classe, segundo os sindicatos.
A adesão foi mais expressiva nas cidades do interior, onde o número de trabalhadores comissionados é menor. Enquanto em Palmas, os hospitais públicos funcionaram normalmente, no interior foram atendidos apenas casos de urgência e emergência, informaram os sindicatos. Nas repartições da Capital os servidores concursados vestiram preto, em sinal de luto pela categoria. Alunos de escolas estaduais não tiveram aula. "Infelizmente, o Estado tem cerca de 15 mil comissionados, que não integram a movimentação por medo de perder o cargo", explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde do Tocantins, Manoel Pereira de Miranda.
Para o presidente do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem, Ismael Sabino da Luz, a responsabilidade da paralisação não é dos servidores. "Estamos abertos a negociar, mas não podemos deixar passar a data-base,", reforça. Em nota, a Secretaria Estadual da Administração reforçou que o governo manteve e ampliou todas as conquistas dos servidores. Disse ainda que o não cumprimento do acordo se deve à frustração de receita do Estado. Não há uma nova reunião marcada entre governo e categoria.
M.R./Jornal do Tocantins