Casas alagadas, muros derrubados, arvores caídas, móveis estragados, estes foram alguns dos imensos prejuízos causados por aquela que está sendo considerada a maior chuva dos últimos 20 anos.
Enquanto faltava água em algumas torneiras da cidade, uma chuva muito forte caiu causando vários prejuízos á alguns moradores do chamado Setor Baixo da cidade. O desespero era geral, ninguém sabia o que fazer com tanta água entrando pelas portas das casas.
Na Rua Ceará, uma das que foi mostrada após uma outra chuva mais fraca em uma matéria anterior aqui no portal, mesmo os moradores da parte de cima da chuva tiveram as casas invadidas molhando camas, eletrodomésticos e muito mais. Os que mais passaram baixo foram os moradores da Rua da Tobasa, no Setor Dergo, em um local onde toda a água que desce dos setores de cima se encontram no final daquela rua, e ontem, ela veio como nunca tinha vindo antes, não dando tempo salvar quase nada.
Estivemos neste local dias atrás a pedido dos moradores para ver a situação que eles se encontram. Lá existe várias manilhas para que seja colocado entre as duas casas que correm o maior risco de desabar por conta da força da água que desce quando chove, porém, segundo estes moradores, estas manilhas estão no local a mais de ano sem que ninguém tome providência. Ainda bem que as casas parecem ter sido bem construídas pois ontem elas escaparam de uma das maiores chuvas que já havia caído aqui nos últimos tempos.
Estragos por causa do temporal também foram registrados na Vila Valdenor, onde os moradores assustados tiveram de sair de suas casas e correr para o meio da chuva com pás e enxadas, para evitar que a lama invadisse suas casas e causasse danos aos móveis e eletrodomésticos. No mesmo setor o córrego Lajinha subiu tanto que chegou a invadir as ruas próximas arrancando parte do calçamento.
Em um trecho da Rua Pedro Ludovico Teixeira próximo ao antigo prédio da Saneatins, parecia que havia passado um verdadeiro furacão, pois o local ficou cheio de pedras e tijolos espalhados no meio da rua.
No Bairro Alto Bonito, a água empossou em uma das entradas do parque de exposição que chegou a cobrir a pista na TO-126. Em outro trecho da mesma rodovia, desta vez próximo da 5ª CIPM a forte chuva levou uma enxurrada de lama para o meio da pista deixando o tráfego no local bastante perigoso por causa do risco de derrapagem.
Na Rua 21 de Abril no Bairro Cidade Alta, o Bar denominado Pisa no Freio quase foi invadido pela água da chuva, se tivesse passado a calçada que é um pouco alta, teria causado um grande prejuízo a proprietária.
Na grande ladeira da Travessa Pedro Brito com Rua Esmeralda, a água desceu com tanta força que abriu um enorme buraco no encontro das duas ruas, deixando uma traiçoeira armadilha para os motoristas e pedestres que por ali transitam.
Na praça da Bíblia praticamente todo o forro do palco caiu com a chuva, pela manhã ainda dava para se ver o estrago causado, mas, informações dão conta de que o entulho já foi retirado do local.
Dona Luiza e o Senhor Ceará, moradores da Rua da Cachoeirinha tiveram de colocar a geladeira em cima de uma mesa para não perder o eletrodoméstico. O Casal reclamou que ligaram para a polícia vir ajudar e não vieram: "A chuva foi muito ligeira, eu liguei pra polícia, pedi socorro e eles disseram que não podiam fazer nada, nós não tivemos a ajuda de ninguém, só um visinho veio ajudar nós tirar as coisas. A chuva foi rápida demais". Disse a senhora Luiza.
O casal contou ainda que perderam uma geladeira recém comprada e o freezer não sabem se ainda vai prestar, além de perderem muitas outras coisas como patos e galinhas que desceram na forte enxurrada, tiveram o prejuízo em um saco de arroz que haviam acabado de comprar horas antes da chuva para passar o mês. A casa dos dois ficou uma bagunça só, com pintos e galinhas que escaparam da enxurrada em cima dos móveis e outros pertences.
A moradora que se apresentou com o nome de Janaina da Rua da Cachoeirinha Travessa com Prata, teve a casa de taipa quase toda destruída pela invasão da água da chuva, aproveitou a visita de nossa equipe e resolveu apelar ao prefeito dizendo o seguinte: "Olha eu quero pedir uma ajuda ao prefeito Fabion porque eu tô sem abrigo, minha casa a água carregou, e quando ele começou a construir as casas eu fui atrás dele, passei um mês indo atrás dele pra ele vir construir e ele não me ajudou não, eu queria pedir a ajuda dele porque eu tô precisando muito". Ela reclama ainda que isto só aconteceu por causa de uma base construída pela Saneatins, pois antes da construção á água passava livre e agora é retido pela tal construção que segundo ela está deixando o local bastante fedido quando chove, e que dias atrás uma das tampas do esgoto caríssimo da empresa, estourou deixando toda a Rua com um mau cheiro insuportável. (Vejam o vídeo feito na residência do senhor Ceará e de Janaina logo abaixo)
Uma imensa árvore não agüentou a força da chuva e caiu em uma das esquinas da Rua Diamante prejudicando o trânsito no local. Na mesma Rua Diamante, só que no setor conhecido como Vila Invasão, a água do córrego Ribeirãozinho subiu tanto que quase invadiu um estabelecimento denominado "Bar do Chico Paruca", que ficou com a água batendo na porta.
MUROS
Recebemos pelo menos três informações de muros caídos, um na Rua da Estrela, ao lado da casa do Deputado Estadual José Bonifácio, e outro na Travessa Padre Luis Bettiol próximo a Igreja Matriz da cidade. O Terceiro muro caiu numa residência localizada na Rua 21 de Setembro, famosa Rua do Pau do Meio na Vila Antonio Pereira, felizmente ninguém se machucou.
Na zona rural do município no povoado Ribeirãozinho, moradores reclamam que por causa de uma encanação mau feita no local, fez com que a água empossasse invadindo casas e impedindo o trânsito até o local, como não tínhamos como chegar até o local não obtivemos imagens.
Muitos outros prejuízos foram registrados, mas, estes que apresentamos nesta matéria são apenas alguns dos que nos ligaram para relatar seus danos.
È praticamente impossível ter uma solução para estes tipos de problemas, mas, o que se pode tentar fazer é consertar os locais danificados e se pensar em alguma solução para estes moradores que não podem ver o sol sumir no meio do dia que seus corações começam a palpitar de preocupação. Sem corpo de bombeiros, sem defesa civil, estes moradores do Setor Dergo e ribeirinhos que residem próximos ao córrego Ribeirãozinho estão a mercê da própria sorte, pois com estas mudanças repentinas no clima, não se pode prever quando outra chuva dessas volte a cair na cidade. Vale ressaltar ainda que até o fechamento desta matéria, nenhum dos moradores que perderam seus pertences receberam qualquer visita de algum funcionário da assistência social.
Vejam mais fotos logo abaixo: