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ONG Soltará 25 Mil Quelônios no Rio Tocantins

Data do post: 09/12/2012 15:02:33 - Visualizações: (854)

Nos dias 15 e 16 deste mês, cerca de 25 mil quelônios (filhotes de tracajás e tartarugas) serão soltos no Rio Tocantins.

Foto blog do Zé dudu          A ação é fruto de um trabalho ambiental desenvolvido pela ONG Mepa (Movimento Educacional pela Preservação da Amazônia), que recebe apoio da mineradora Vale.

            A entidade realiza durante o ano inteiro um trabalho de educação ambiental e manejo de ninhos de quelônios através do projeto Promargem. A soltura dos filhotes vai acontecer em dois dias. Neste sábado, dia 15, a cerimônia será realizada na Praia do Tucunaré e, dia 16, em Itupiranga, na Praia do Macaco.

            Na programação da Praia do Macaco, segundo César Peres, coordenador do Mepa, serão realizados torneios de futebol e voleibol durante o dia, participação de cantores regionais e grupos de dança, apresentação sobre o trabalho de educação ambiental desenvolvidos entre ribeirinhos e pescadores da região, além de um almoço aos participantes.

            Em Marabá, a soltura aconteceu no final da tarde deste ultimo sábado (8), e as pessoas que acompanharam a cerimônia incomum foram transportados por barcos disponibilizados gratuitamente.

            César explica que desde o início do projeto Promargem, em 2004, já foram soltos cerca de 70 mil filhotes de tracajás e tartarugas no Rio Tocantins, um exemplo de preservação do meio ambiente para toda a comunidade.

            Albinos

            Em um ninho de tartaruga mantido na natureza pela ONG Mepa na Praia do Macaco, em Itupiranga, nasceram dez tartarugas albinas. Segundo César, havia aproximadamente 150 ovos no ninho, que foi mantido na natureza até que houvesse a eclosão dos mesmos. Em oito anos acompanhando o nascimento de tartarugas na região, é a primeira vez que o coordenador da ONG identifica o nascimento de tartarugas albinas.

            Da mesma forma como ocorre com seres humanos, o albinismo – um problema que impede a produção da melanina, pigmento colorido que protege a pele do sol – atinge também vários animais.

            Trata-se de um distúrbio congênito caracterizado pela ausência completa ou parcial de pigmento na pele, olhos, carapaças, devido à ausência ou defeito de uma enzima envolvida na produção de melanina. O albinismo resulta de uma herança de alelos de gene recessivo e é conhecido por afetar todo o reino animal.

            Os animais albinos, via de regra, não sobrevivem por muito tempo em seu meio natural em virtude de sua debilidade ante os raios solares e ainda porque sua falta de coloração os delata facilmente, quer para suas presas, quer para seus predadores.

            O caso de Marabá não é único. Em alguns outros rios da Amazônia, onde o manejo e soltura de quelônios são realizados por entidades ambientais, alguns filhotes de tartarugas albinas também já foram identificados, como é o caso de Costa Marques, em Rondônia, e Abufari, no Amazonas.

            Por Ulisses Pompeu/Blog do Zé Dudu

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