Foragido da Justiça do Tocantins, é Preso em Porto Franco-MA

Data do post: 18/12/2012 00:00:01 - Visualizações: (3967)

Policiais Civis de Tocantinópolis prenderam nesta segunda-feira (17), Cristiano Marinho de Andrade de 27 anos, na cidade de Porto Franco-MA.

      Contra Cristiano, havia um mandato de prisão preventiva desde 04 de Abril de 2012, expedido pelo Juiz de Direito da Vara Criminal de Colinas do Tocantins, Dr. Océlio Nobre da Silva.

            Marinho é acusado pela suposta prática do crime descrito no Artigo 121 § 2º, II do código penal, (Matar alguém por motivo fútil). O crime, foi cometido contra José Pereira dos Santos, que era conhecido pela alcunha de "Júnior Chifrudo".

            Na delegacia, Cristiano contou, na sua versão, detalhes de como o crime aconteceu, e também confessou que já estava cansado de fugir, e que sabia que a casa ia cair a qualquer hora.

            Marinho contou que na data do crime trabalhava em uma empresa de beneficiamento de soja na cidade onde o crime do qual é acusado aconteceu. E ao chegar do trabalho por volta das 22 horas do dia 31 de Março, parou mais um compadre dele para tomas algumas cervejas em um bar denominado "Laranjeira". Em seguida o tal compadre chamou ele para ir embora, pois estavam no carro da empresa do qual trabalhavam, porém, Cristiano contou que foi em casa, pegou sua moto e de lá foi para o conveniência do Posto Tabocão.

            Quando o relógio marcava quase meia noite ele voltou em casa e avisou sua mulher que ia voltar novamente porque o irmão dela tinha ficado bebendo e lá era muito perigoso, então disse que ia buscá-lo. Nisso ficaram até por volta das 04 horas da manhã, quando o seu cunhado sumiu e ele presumira que o mesmo havia ido embora pra casa sem lhe avisar, e continuou no local. Cristiano contou ainda que tinha uns três homens desconhecidos que ficavam lhe encarando, e com isso ele ficou desconfiado, e toda hora lhe pediam um cigarro que ele tinha comprado no local até quando a carteira de cigarro acabou. Então, Marinho falou que ia embora, e um deles disse: "tu vai pra onde? moço tu tá aqui mais nós, eu te conheço lá de Porto Franco, eu já passei lá". O acusado disse ter ficado cismado, porque eles provavelmente estariam de olho em sua motocicleta Honda Pop 100 que era rebaixada e tinha suspensão a ar, e como viram que a placa era de Porto Franco-MA., estavam jogando verde nele e imaginou que os caras iriam fazer alguma coisa contra sua pessoa, momento este que disse ter montado na moto para ir embora, quando um deles tentou tirar a chave do contato, lhe perguntando o que ele queria beber que eles pagavam. Cristiano disse pra eles que iriam embora porque não tinha mais dinheiro nem cigarros, mas, até isso eles pagaram, para ele continuasse com eles no local, e que todos os outros estavam tomando uma garrafa de Velho Barreiro e fumando fumo Maratá, mas, estranhamente estavam pagando cerveja e cigarro para ele.

            Marinho contou ainda que ficou com eles porque estava com medo de ir embora já que eles eram três, e estava esperando o dia amanhecer para tentar sair fora e ficou fingindo que estava bêbado, quando um deles ofereceu um energético Red Bull, e deu pra ele tomar.

            Certo momento um deles disse: "Rapaz mais essa tua motinha é bonita"!, e o tal Junior Chifrudo lhe perguntou: "ê meu irmão, tu não tem as manhas de mim arrumar essa teu motor pra nós ir aculá marcar uma presença não"!?. Cristiano disse que na moto só andava ele e sua mulher, e Junior respondeu: "de boa, de boa". Quando o dia clareou Marinho disse que ia indo embora quando um deles pediu pra ele ir em um lugar conhecido como "Cacau", buscar um capacete dele e que primeiramente escreveu em um guardanapo o nome desse suposto irmão que estava com o capacete, e quando Cristiano ia saindo Junior gritou para que ele parasse dizendo que iria mandar um deles ir com ele. Marinho disse ter fingido não ter ouvido e se fez que ia fazer o favor, mas, foi embora, e que ao chegar na porta da casa de seu compadre o chamou e lhe contou toda história, onde ficaram sentado na porta.

            Por volta das 07 horas da manhã, o tal Júnior chegou e como ele estava sentado na cadeira com um pé encostado em outra, o rapaz lhe deu um tapa na perna perguntando: "Tá lembrado de mim moleque"? Colocando a mão na cintura, e neste mesmo instante sua comadre disse: "Cristiano sai daí que ele vai te furar", o acusado disse que levantou a camisa falando que não estava armado e que se ele quisesse fazer alguma coisa com ele poderia fazer, e em seguida perguntou: "Bicho vocês queriam era roubar minha moto era"? E Júnior respondeu: "Que é isso meu irmão, tua moto é bonitinha mas, eu não quero roubar isso não"! Momento este que os outros dois homens que estavam com Junior no bar passaram em outra motocicleta olhando pra eles. Nesse instante começaram a bater boca Junior e Cristiano, foi quando então, o acusado disse que a vítima passou a dizer que iria matá-lo, juntamente com a mulher e o seu filho, e era pra ele ficar esperto que ele via sempre a mulher passando na moto.

            Marinho contou que pediu para ele o largar de mão e parasse com as ameaças e fosse embora, e foi quando o tal Junior sorrindo falou: "eu vou, mas, fica esperto que eu vou te matar, eu vou matar tu e tua mulher e teu filho". E saiu em direção a sua casa, foi quando Cristiano disse ter pego uma faca na casa de seu sogro e foi atrás dele, e ao chegar numa esquina próxima a sua residência estavam os dois que tiveram com eles na noite anterior no bar, juntamente com mais dois outros homens. O acusado ressaltou que Júnior lhe jogou o pé na cara e que neste momento Cristiano deu um golpe de faca na vítima que pegou de raspão, e que após isso Júnior ficou tipo tentando pegar uma faca da cintura, ou tentando intimidá-lo, e que lhe submeteu outra furada, e após esse segundo golpe saiu correndo pra casa, pegou as coisas e fugiu, onde ficou foragido, passando cerca de dois meses em Goiânia-GO., e que esses dias estava na casa de sua mãe na cidade de Porto Franco, onde foi preso.

            Cristiano Marinho de Andrade ficará a disposição da justiça, onde vai ficar preso na super lotada cadeia pública de Tocantinópolis, juntamente com mais  44 detentos, divididos em apenas cinco celas.