Depois de ter perdido a eleição e deixado o cargo sem efetuar o pagamento de alguns servidores públicos, o novo prefeito Claudivan Tavares acusou a ex-gestora de além de deixar dívidas, ter emitido vários cheques sem fundos.
Com a acusação, a ex-prefeita Lafaete Milhomem (PMDB), se manifestou por meio de seu advogado, Henry Smith, e rebateu através de uma nota oficial as acusações do atual prefeito, Claudivan Tavares (PTB), sobre as supostas irregularidades.
Vale lembrar que no dia 31 de Dezembro, ou seja, no ultimo dia do ano, os funcionários públicos com o apoio do Sisepe fizeram uma manifestação em frente a prefeitura para cobrar os salários, férias e 13º que estavam atrasados.
Na época, o próprio diretor do Sisepe na Região Norte, Welton Ferreira Freitas esteve presente na manifestação e concedeu á reportagem do site tocnoticias uma pequena entrevista explicando que esteve em São Bento por várias vezes na prefeitura falando com os secretários da prefeita por causa de atrasos no pagamento, então a justificativa de que os atrasos eram por causa de diminuição nos repasses do FPM não justificam, já que segundo o diretor os pagamentos eram atrasados muito antes.
Welton afirmou ainda que haviam entrado em acordo com o secretário que prometeu que os pagamentos atrasados, inclusive as férias seriam pagos no ultimo dia 28 de Dezembro, "disseram que iriam pagar somente para empurrar agente com a barriga". Disse o diretor. (Vejam a entrevista no vídeo ao lado).
Na nota enviada, a ex-gestora através do advogado afirmou que as acusações de Claudivan são desprovidas de fundamento legal e não passam de falácias para tentar denegrir sua imagem, mas, vale lembrar que a nossa equipe esteve na cidade de São Bento e não conseguimos contato com a prefeita e/ou qualquer representante seu, apenas informaram que a mesma estaria viajando.
A nota explica ainda que Lafaete não emitiu cheques sem fundos, mas sim, sentiu dificuldades em honrar com os servidores públicos, motivado pela redução brusca do Fundo de Participação do Município (FPM), em quase todos os municípios tocantinenses. Recapitulando, se estava sentindo dificuldades, porque prometeu honrar os pagamentos no dia 28 de Dezembro? Imagine-se você leitor no lugar desses pobres coitados que passaram o natal e o ano novo desprovidos de qualquer dinheiro para comprar alimento e presentes para suas crianças? No dia da manifestação uma senhora de nome Domingas Evangelista do Carmo que trabalha como ASG na área da educação e fez questão de falar com a nossa equipe de reportagem onde relatou o seguinte: "È muito triste pra nós, no natal se agente não tivesse uma galinhazinha em casa pra gente matar e comer com os filhos teria sido muito difícil, e agora no ano novo nós vamos passar triste porque estamos com o bolso vazio". Reclamou a senhora Domingas. (clique aqui e veja a entrevista completa)
Abaixo vocês poderão ler a nota de esclarecimento na íntegra.
NOTA DE ESCLARECIMENTO AO PÚBLICO
A ex-gestão preza pela transparência administrativa, insculpida no artigo 37 da Constituição Federal.
Quanto às palavras ditas pelo atual Prefeito, estão desprovidas de qualquer fundamento legal, tratando-se de meras falácias, que tenta denegrir a imagem da ex-gestão.
Para se ter uma idéia, a ex-gestão não emitiu vários cheques sem fundos, mas sim, sentiu dificuldades em honrar com os servidores públicos, tendo em vista a redução brusca do Fundo de Participação do Município – FPM, em quase todos os municípios tocantinenses.
Assim, se faz necessária uma maior e rigorosa apuração dos fatos, pois se trata de vingança política.
Ademais, a ex-gestora sempre manteve a ordem da cidade, procurando respeitar, os cidadãos são bentinos.
Saliento que todas as matérias que estão sendo publicadas vêm sendo elaboradas pelo atual prefeito, com cunho de acabar politicamente com a ex-gestora.
É lamentável e risível tal matéria, pois utiliza-se meios de comunicação sérios e íntegros, para alcançar conotação política, tentando impingir algo imaginário.
Outrossim, à ex-gestão prima pela observância da legalidade, transparência e pela verdade, por isso, jamais cria tumulto, e desestabiliza a ordem pública do Município, sendo que casos isolados e obscuros não devem prosperar.
Seria sido interessante que antes da publicação da matéria tivesse também ouvido as partes e checado as fontes. Portanto, não é justo e correto, que o atual prefeito, venha à público e sem provas documentais, denegrir a honra e a imagem de pessoas integras.
A propósito, lamentamos esses episódios isolados, e vemos de forma violenta e política, tal denuncia infundada e destorcida da realidade.
Por todo o exposto, repudiamos, veementemente, matéria em sua totalidade e não vejo motivos para tanto alarde, além do que, vamos comprovar tudo o que for questionado.
São Bento do Tocantins, 16 de janeiro de 2013.
Henry Smith
Advogado – OAB/TO 3.181