Dragas estariam operando a menos de 100 metros das margens. Na última fiscalização da Marinha, em Imperatriz, dez foram autuadas.
A Secretaria de Meio Ambiente de Imperatriz promete reforçar a fiscalização da extração de areia no Rio Tocantins, pois dragas estariam operando a menos de 100 metros da margem do rio, o que é proibido.
O secretário, José Cleto Vasconcelos, se comprometeu em dar inicio à fiscalização ainda esta semana. “Iremos fazer uma vistoria nos locais de extração e conversar com os extratores, no sentido de uma adequação ambiental. Vamos agir com rigor e sem condescendência”, afirmou.
No rio, o movimento das dragas é intenso. São pelo menos sete, umas bem próximas das outras. E o que é pior: bem perto da margem do rio, mas longe de qualquer tipo de fiscalização. Na última fiscalização realizada pela Marinha, dez dragas foram autuadas por irregularidades na documentação da embarcação ou de quem conduzia o transporte.
Em 2012, os fiscais da Marinha fizeram quase mil abordagens no rio e chegaram a autuar 12 proprietários de dragas por irregularidades na documentação da embarcação, do condutor ou pela ausência de itens de segurança.
Além dessa documentação, os ambientalistas cobram algum estudo, relatório ou avaliação de impacto ambiental sobre a extração de areia no rio. Caso do professor e ambientalista José Dioclides, diz que movimento das dragas influencia, inclusive, na localização do material orgânico e na migração dos peixes.
“Toda quantidade de material orgânico que se transforma em alimento para os peixes desaparece, então os peixes morrem por falta de alimentos ou migram para outro lugar. Essa ação desenfreada resulta também na mortandade dos peixes”, explicou.
Do G1/MA