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A Incrível História do Pistoleiro Bonzinho de Campestre Maranhão

Data do post: 08/01/2012 20:28:09 - Visualizações: (1889)

Existem acontecimentos na vida real que parecem aquelas histórias escritas pelo saudoso Dias Gomes, mesmo escritor da telenovela “O Bem Amado”, que contava a história de um certo político chamado “Odorico Paraguaçu” que usava de meios sórdidos para ludibriar os eleitores da cidade de fictícia de Sucupira.

Adeildon o Pistoleiro Bonzinho de Campestre-MA          O acontecimento que vamos descrever agora aconteceu na cidade maranhense de Campestre, onde ao que tudo indica existem alguns “Odoricos” da vida que estão usando de todas as maneiras possíveis para tentar derrubar seus adversários.

          A história é o seguinte: Um individuo de nome ADEILDON BERTOLDO DA SILVA que dizia ser pistoleiro, estava prestando serviços braçais a cerca de dois meses para um senhor pecuarista daquela cidade, de nome Jorge Nei Araújo Neres, e que na ultima sexta-feira (6), Jorge havia chegado de viagem e notou que a janela de sua residência estaria aberta, motivo este que levou o proprietário a perguntar a Adeildon o porque que aquela janela se encontrava aberta, e também perguntou se alguém tinha roubado algo, informando ainda que se tivesse faltando alguma coisa o pecuarista mandaria lhe prender. Em resposta Bertoldo disse que quem havia entrada na casa tinha sido o seu vaqueiro “Wellinton”, Adeildon afirmou ainda que não havia roubado nada.

             O pecuarista intrigado com aquela situação foi atrás do vaqueiro Wellinton saber se realmente ele havia entrado na residência, historia essa que o vaqueiro negou, e lhe informou ainda que enquanto Jorge estava fora Adeildon matou uma galinha e ainda queria matar um dos bois da fazenda, o vaqueiro disse que foi ameaçado pelo suposto pistoleiro que lhe disse; “Se você não parar de ‘babar’ o patrão você vai ganhar o mesmo destino da galinha”.

             Sabendo do acontecido Jorge se dirigiu para a cidade a fim de buscar dinheiro para pagar a Adeildon pelos serviços que este lhe havia prestado e que, quando já se encontrava em Campestre recebeu uma ligação onde lhe informaram que Bertoldo estava lhe xingando de todo nome. Com isso o pecuarista retornou para sua propriedade e em uma conversa com Adeildon o mesmo lhe disse a impressionante história de que ele não o tinha matado porque havia ficado com pena dele por causa de seus filhos, pois fora procurado pelo visinho da fazenda de Jorge um rapaz conhecido como “Valdenir do PT”, e que este lhe havia oferecido a quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para dar fim na vida de Jorge, e que ele não havia aceitado para ficar ganhando essa “micharia” que iria receber, Adeildon falou ainda que já tinha matado outras duas pessoas e que poderia inclusive citar o nome das suas vitimas.

         Ao ouvir a história o pecuarista imediatamente procurou a polícia e narrou o fato acima descrito e que junto levou o suposto pistoleiro confesso. Na delegacia Adeildon declarou que a história era verdadeira, e novamente afirmou que havia sido contratado por Valdenir para fazer o serviço e que não o fez em razão de que não mata ninguém por dinheiro, prefere pedir esmolas, e disse ainda que avisou Jorge porque como ele não havia aceitado a proposta provavelmente outra aceitaria. Na frente do delegado ele negou que já havia assassinado duas pessoas como tinha dito antes, disse ainda que não entendia, “como uma pessoa procura o patrão para avisá-lo sobre algo e em troca este lhe joga um par de algemas nas mãos”. Mas, confirmou ao delegado que já havia praticado um homicídio na cidade de Surubim/PE. E em conseqüência disso cumpriu oito anos e seis meses de reclusão em regime fechado, sendo beneficiado posteriormente com liberdade condicional e finalizou dizendo; “Assinei até o derradeiro dia no fórum de Bom Jardim/PE”. Finalizou Adeildon.

            O ACUSADO

           Valdenir do PT que entrou de gaiato no navio da discórdia, também foi intimado a prestar esclarecimentos pelos fatos na Delegacia de Polícia de Porto Franco, a qual se disse estar surpreso com a acusação que lhes fizeram. Ao delegado, Valdenir informou que conhece Jorge, pois são vizinhos e que jamais teve qualquer problema com ele. Disse conhecer o suposto pistoleiro contratado apenas de vista, e que não o contratou e jamais contrataria alguém para este tipo de serviço que estão lhe acusando. Informou ainda que de agora em diante estava com receio de que por ventura acontecesse qualquer coisa com Adeildon ou o pecuarista Jorge, tal acontecimento venha a ser atribuída a ele próprio.

          Valdenir disse ainda acreditar que tudo não passa de uma armação político-partidária, com o propósito de atingir a reputação sua e de seu irmão Valmir de Morais que é pretenso candidato a prefeito daquele município.  

          Prestado esclarecimento de todos os envolvidos o delegado marcou uma audiência de Termo Circunstanciado de Ocorrência onde todos deverão comparecer, o que provavelmente acontecerá, mas, sem a presença do tal pistoleiro Adeildon que se apresentou sem documentos de identificação e também não tem endereço certo, e dificilmente terá coragem de confirmar a história a um juiz.

         Fomos atrás do suposto Adeildon, mas, o mesmo não quis falar mais nada, interpelado sobre a história ele não parou para responder apenas continuou caminhando em direção ao centro da cidade de Porto Franco com uma bolsa nas costas.

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