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Mais de 900 Mortes Violentas Registradas em Marabá no Ano de 2011

Data do post: 09/01/2012 18:02:03 - Visualizações: (5601)

Mesmo com as polícias militares e civil atuando intensamente durante os 365 dias do ano de 2011, não houve jeito: A violência, como de praxe, fez inúmeras vitimas em Marabá e Região.

          Foram mais de 900 mortes violentas ao longo do ano passado. Os números exatos são 933 corpos necropsiados pelo Instituto Medico Legal (IML) de Marabá que atende também muitas cidades da região. Na contagem do ano passado foram registrados uma morte a cada 9 horas e 44 minutos, ou mais de duas por dia, ou exatamente quatro a cada um dia e meio, em média. É sangue que daria para encher 30 barris semelhantes aos utilizados no comércio do petróleo.

          Ao todo 870 pessoas maiores de 18 anos e 30 crianças e adolescentes tiveram seus cadáveres registrados no IML ou suas histórias contadas em forma de texto ou seus nomes citados nos registros de obituários disponibilizados á imprensa pelo próprio IML.

         Vieram a óbito 798 pessoas do sexo masculino e 102 pessoas do sexo feminino, numa disparidade em “eles” tem oito vezes mais “chances” de morrer do que “elas”. É uma conta simples de se fazer, basta notar que, em cada grupo de nove pessoas, oito são convidadas a dar “good bye” a este mundo, enquanto uma do sexo oposto tem o mesmo destino.

           HOMICIDIOS LIDERARAM

          As policiais civil e militar trabalharam como nunca, fizeram faxina em boca de fumo e traficantes, inibiram diversos crimes, detiveram pilas e afins, porém não lograram êxito para evitar a morte de 478 pessoas que se foram a tiros, facadas, pauladas, pedradas,  tijoladas, enxadadas, espancadas ou estranguladas. Teve até gente tratada como herege em pleno século 21, sendo queimada viva. A barbaridade reinou com um assassinato a cada 18 horas, 19 minutos e 30 segundos.

           Ao todo, 347 pessoas foram detonadas a bala, que matou a partir do tiro de raspão até o crivamento quase total e completo, com um corpo recebendo até 15 tiros ou cabeça recebendo dez. a face mais constante da faca também tirou muitas vidas de circulação, basta ver que a sanha brutal empregada nssa arma enterrou 104 pessoas.

          As pauladas também eliminaram 13 homens, e outros oito foram tirados de circulação por espancamento. As mãos criadas por Deus para estender a outrem foram usadas para esganar e estrangular duas pessoas, em posse de seres bestiais, foram empregados para matar uma pessoa cada.

         ACIDENTES

        Em segundo lugar da estatística macabra que mais mandaram corpos para o IML estão os acidentes, mais precisamente os de transito, que enterraram 209 indivíduos, um a cada rodada de um dia, 17 horas, 54 minutos e 36 segundos em média. O atropelamento, um dos vieses das fatalidades nas vias de passagem, enterrou 105 pessoas de Marabá e região ao longo de 2011.

        Mas, ele não é vilão sozinho. A batida  – seja de carro com carro, de carro com moto, de moto com moto, enfim – deram sua cota de participação no compartilhamento da mortandade com 78 enterros. E não é tudo, os capotamentos, mesmo em terceiro lugar no quesito acidente, sepultaram 25 nano passado. Os motivos principais para tantos acidentes nas estradas da região é o velho hábito de beber e dirigir e excesso de velocidade.

        LANTERNA DOS AFOGADOS

        Parece nome de música, mas, a situação é dramática, posto que 45 pessoas pereceram por não saberem nadar, ou por acompanhar “pato”, ou por vacilar. Na água é assim mesmo, vacilou dançou. Nesse quesito mortal, o curioso é que crianças e adolescentes se tornaram as vítimas preferenciais do precioso liquido, enquanto 30% das vítimas foram adultas.

        Os rios Tocantins e Itacaiunas e Parauapebas foram os maiores chamarizes de morte por afogamento, sendo que esses dois últimos citados de Marabá são disparadamente, campeões na questão. Diante dos números nefastos, todo provérbio antigo é válido, “a água não tem cabelo”!

        SUICÍDIOS E OUTROS

        As histórias de suicídio de ao menos 19 pessoas foram contadas pelo CT no ano que passou. Tristes histórias, diga-se de passagem, considerando-se o fato de que 14 pessoas mandaram ver com a corda no pescoço, sabe Deus porque motivo; outras três pegaram uma arma e “Bang!”, sabe lá Deus também a razão; e duas se embriagaram com doses de chumbinho e bateram as botas. Tristes fins.

        Por outro lado, até para quem queria muito ver, e viver do suor do trabalho a coisa ficou preta. Isso porque oito pessoas pereceram em acidentes de trabalho, um claro sinal de que, como diria qualquer vovó, “o coisa ruim atenta”.

       E por falar em vovó, até ficar em casa há muito deixou de ser seguro, sobretudo para idosos e recém-nascidos, grupos etários os quais mais perderam a vida por acidentes domésticos (com sete casos) e mortes naturais (com 29). A simples queda de um bebê do berço pode fazê-lo entrar nas estatísticas de acidentes domésticos fatais.

        Já a morte natural, como o próprio nome diz, não é morte violenta. Mas entra na contagem porque, não raro, um ou outro caso vai parar nas mãos dos legistas do IML, que por sua vez o lista como necropsia do dia. Um exemplo de morte natural são os piripaques – ou infartos, como queira. As pessoas idosas são e estão mais suscetíveis a esse vilão, por vezes mortal.

       E não foi só, 2011 teve isso e muito mais, a exemplo de 21 achados macabros, sete deles de ossadas humanas e quatro outros de corpos carbonizados. O cenário era desolador e triste. Sem falar em três fetos que foram encontrados no meio da rua, no lixo, em terreno baldio. Além do mais, duas pessoas perderam a vida por picadas de abelhas e uma outra caiu do cavalo e morreu. Outras 69 pessoas foram enterradas sem ter a causa da morte esclarecida.

Com Informações de André Santos/Correio do Tocantins

 

 

 

 

 

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