João Neto abriu o placar para o Paysandu aos 34 do primeiro tempo e Zé Antônio conseguiu igualar a partida nos acréscimos, aos 46 do segundo.
Paysandu e Remo se enfrentaram neste domingo (24), em mais um clássico que teve um pouco de tudo, inclusive gol no último minuto. Foi assim que as duas equipes empataram em 1 a 1 no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, e deixaram a decisão do próximo dia 3 de março completamente indefinida. João Neto abriu o placar aos 34 minutos do primeiro tempo e Zé Antônio conseguiu o empate no último minuto, aos 46 da etapa complementar.
No segundo jogo, o Leão entrará em campo com a mesma vantagem, ou seja, poderá empatar a partida para ficar com o título da Taça Cidade de Belém. O Papão, por outro lado, ficará com o caneco se vencer por qualquer resultado. Tanto Lecheva, quanto Flávio Araújo, terão à disposição todos os seus jogadores para o duelo final.
Paysandu mais eficiente no primeiro tempo
A partida começou truncada, com muitas faltas e com as duas equipes errando passes no meio de campo. Somente aos cinco minutos o Leão chegou ao ataque pela primeira vez e por pouco não abriu o placar. Depois de cobrança de escanteio de Thiago Galhardo, o zagueiro Zé Antônio subiu e cabeceou, obrigando Zé Carlos fazer grande defesa. O Paysandu ainda tinha dificuldades para sair jogando e conseguiu chegar ao ataque depois dos dez minutos.
Eduardo Ramos e Djalma eram os jogadores mais acionados em campo pelo lado bicolor. O Remo, contudo, tinha Galhardo, o articulador responsável por armar as principais jogadas do time. Junto com ele, o volante Jhonnatan também aparecia bem, se movimentando e caindo pela esquerda. Foi assim aos 20 minutos, quando o volante recebeu e chutou para o gol, mas a bola desviou na zaga bicolor, saindo pela linha de fundo.
Melhor em campo, o Remo levou um “banho de água fria” aos 34 minutos. Eduardo Ramos lançou para João Neto que, de primeira, bateu forte, sem nenhuma chance para Fabiano. Um belo gol. Paysandu 1 a 0. Depois disso, o Papão equilibrou e chegou a ser superior em campo. O Leão sentiu o gol adversário e demorou a se recompor, o que só aconteceu no final do primeiro tempo com Fábio Paulista. Ele chutou forte, da entrada da área e Zé Carlos fez boa defesa.
O Remo ainda encontrou tempo para chegar ao ataque com Walber. O lateral recebeu pela direita e soltou um “petardo”, obrigando o goleiro Zé Carlos a se esticar todo para defender. Aliás, àquela altura da partida, o arqueiro bicolor já era um dos principais nomes do jogo junto com Eduardo Ramos, o articulador do Paysandu ao lado de Djalma. No finalzinho do primeiro tempo, o meio-campista Thiago Galhardo já apresentava um futebol mais discreto.
Remo consegue empate nos acréscimos
O Remo começou o segundo tempo no ataque. Antes do terceiro minuto de partida, a bola sobrou para Berg e ele arriscou com muito perigo. Zé Carlos, que já havia feito boas defesas na etapa inicial, espalmou para escanteio. Depois disso, Paysandu se organizou em campo e dava pistas de que jogaria no contra-ataque, se aproveitando dos erros do Remo e das jogadas em velocidade.
Aos 15 minutos, a torcida do Leão tentava empurrar o time das arquibancadas e dava indícios de que pediria Val Barreto. Foi o que aconteceu dois minutos mais tarde. Leandro Cearense deixou o gramado para a entrada do atacante. Flávio Araújo também fez outra mudança. Tirou Thiago Galhardo, que até havia começado bem o jogo, e colocou Ramón, em mais clara tentativa de fazer seu meio-campo criar oportunidades para empatar a partida.
Lecheva fez a primeira mudança em seguida. Ele tirou o atacante Rafael Oliveira e acionou Iarley, que poderia surpreender pela técnica apurada e, claro, também ajudaria na armação. Na primeira participação, o jogador recebeu a bola na área e pediu pênalti depois que foi derrubado, mas o juiz Heber Roberto Lopes mandou seguir. O Paysandu, na realidade, jogava um pouco mais consciente e valorizava bastante a posse de bola, pois era dono da vitória parcial.
O treinador do Papão mudou outra vez aos 28 minutos: tirou Eduardo Ramos, que desde a semifinal joga pendurado, para a entrada de Alex Gaibu. Antes disso, porém, Iarley fez grande jogada. Lançou na medida para João Neto que cortou a marcação e chutou. Fabiano, atento, fez a defesa. No lance seguinte, outra vez Iarley foi acionado e, quando ele ia cortar o marcador, a bola tocou a mão do zagueiro. Os jogadores do Paysandu pediram pênalti, mas o arbitro mandou seguir.
Foi com Val Barreto que o Remo quase empata a partida aos 34 minutos. O jogador ganhou na velocidade, entrou na área e chutou cruzado. Branco ainda tentou o toque, mas a bola acabou saindo pela linha de fundo. Um susto para a torcida bicolor e uma prova que de que o Remo ainda estava vivo no jogo. E como estaria! Aos 46 minutos, depois de escanteio, a bola sobrou para Zé Antônio chutar meio desajeitado. Final de partida: 1 a 1.
Ficha Técnica:
Paysandu: Zé Carlos; Yago Pikachu, Thiago Costa, Diego Bispo e Rodrigo Alvin; Vanderson (Esdras), Ricardo Capanema, Eduardo Ramos (Alex Gaibú) e Djalma; João Neto e Rafael Oliveira (Iarley). Técnico: Lecheva.
Remo: Fabiano; Carlinhos Rech, Zé Antônio e Mauro; Walber, Gerônimo, Jhonnatan, Thiago Galhardo (Ramón) e Berg; Paulista (Branco) e Leandro Cearense (Val Barreto). Técnico: Flávio Araújo.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Cartões amarelos: Carlinhos Rech (Remo)
Do G1/PA