Assim que a Confederação Nacional de Municípios (CNM) lançou o Observatório do Crack, foi possível ter a dimensão da propagação do crack em todo o país.
Agora, esses dados têm reflexos também no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo dados do Ministério da Previdência Social, a quantidade de auxílios-doença concedidos aos dependentes de drogas, como crack e a cocaína, cresceu 10,9% em 2012, se comparado ao ano anterior.
Nos últimos sete anos, o total de benefícios concedidos por este motivo triplicou, enquanto o número de afastamentos devido ao uso/abuso de álcool não teve variação significativa. O álcool era, há anos, um relevante motivo para o afastamento de dependentes do trabalho. Os valores do auxílio-doença variam de R$ 678 a R$ 4.159.
Para a CNM, que constatou por meio do Observatório que o crack não difere usuários por classe social, é preciso avaliar o processo para obtenção do auxílio-doença. O procedimento para a concessão do benefício não costuma ser rápido, na maioria dos casos leva meses para ser avaliado, o que afeta diretamente o usuário que busca tratamento, alerta a Confederação.
Internação Pública
Com a divulgação desses números, a CNM ressalta a situação daqueles toxicodependentes que nunca contribuíram para o INSS e que procuram a rede pública para se tratar, e ficam à mercê de um sistema mal estruturado. Portanto, o usuário contribuinte consegue, ao menos, pedir o auxílio e se internar em uma clínica particular. Pois, enquanto a quantidade de usuários aumenta, o financiamento de políticas do governo federal para tratamento de dependentes continua insuficiente.
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Portal CNM