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Ciclista Que Teve Braço Amputado Diz Que Gostaria de Perdoar Atropelador

Data do post: 15/03/2013 16:27:32 - Visualizações: (1272)

Jovem David Souza dos Santos teve braço decepado em acidente na Av. Paulista, no domingo (10).

 "Eu gostaria de agradecer ao Tralli por estar divulgando essa minha fase. Graças a Deus eu estou me recuperando bem hoje e com muita fé das pessoas que estão me apoiando do lado de fora, os ciclistas que estão fazendo protesto, passeata, e os meus familiares que estão fazendo um bem tão grande para mim que, estou sentido vibrações tão boas que estão me fazendo me recuperar melhor. O Dr. Ademar, que está cuidando do caso, e muitas pessoas que estão apoiando por mim fora do hospital. Dr. Paulo Ademar Gomes que está me apoiando nessa área de advocacia. O Dr. Paulo e a sua equipe médica que estão me ajudando com os meus problemas por causa do meu braço. Meu físico está todo machucado. E gostaria de perdoar o cara que fez isso comigo, que gostaria que nada disso acontecesse comigo nem com outras pessoas. E um abraço bem forte pra todos."

 Consumo de álcool

 O estudante Alex Siwek foi preso pelo atropelamento. Imagens de uma câmera de segurança mostram que ele chegou, por volta da 1h30 de domingo (10), a uma casa noturna no Itaim Bibi, na Zona Sul de São Paulo. No vídeo, ele espera na fila para entrar e pega uma comanda. Quatro horas depois, está registrado o pagamento de três doses de vodka e um energético. Por volta das 5h30 ele sai, atravessa a rua e vai embora.Depois de deixar o lugar, Alex atropelou David Santos Souza, que pedalava na Avenida Paulista a caminho do trabalho.

 O exame clínico apontou sinais de embriaguez no motorista, mas concluiu que ele não estava embriagdo.  A policia quer saber se o fato de o exame ter sido feito seis horas depois do atropelamento influenciou o resultado.

 No último domingo, Paoletti disse que estudante ficou atordoado na hora do acidente e, em um primeiro momento, não viu o braço no carro. Em choque, ainda de acordo com advogado, ele acabou jogando o braço em um córrego na Avenida Ricardo Jafet, na Zona Sul da capital paulista.

 Na terça-feira (12), o ciclista disse à polícia que trafegava na contramão da ciclofaixa no momento do acidente. Ele buscou a ciclofaixa, que já estava separada da pista dos veículos por cones, por se sentir mais seguro.

 O jovem relatou que foi atingido de frente pelo veículo de Alex e que chegou a ver o carro vindo em sua direção, em alta velocidade. Questionado sobre as circunstâncias da colisão, o delegado não soube explicar como o ciclista foi atingido.

Investigações

Antes de concluir o inquérito, a polícia aguarda os resultados das perícias feitas no local do acidente, no carro de Alex e no Córrego Ipiranga, local onde o braço foi jogado na Avenida Doutor Ricardo Jafet. Segundo o delegado Martins, 13 pessoas já foram ouvidas, entre testemunhas e envolvidos no caso.

 A polícia busca imagens de câmeras de segurança do local do acidente e  do ponto onde o braço foi jogado. Até agora, a polícia tem apenas imagens de uma câmera da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) que mostram uma viatura de resgate passando às 6h06 de domingo para atender a ocorrência.

 Testemunhas

 Testemunhas disseram que o carro andava em zigue-zague e já tinha derrubado alguns cones colocados na Avenida Paulista para sinalizar a instalação da ciclofaixa. Após atingir o ciclista, o motorista deixou o local sem prestar socorro.

 Estudante

 Na descrição da polícia, o motorista Alex Siwek  estava dentro de um Honda Fit ao lado de um amigo quando o acidente ocorreu, por volta das 5h30. O braço direito do ciclista foi amputado por estilhaços de vidro do pára-brisa e permaneceu preso ao veículo. O motorista fugiu do local, deixou o amigo em casa e depois foi à Avenida Doutor Ricardo Jafet, de onde lançou o braço em um córrego. Depois, voltou à própria casa, guardou o carro na garagem e dirigiu-se a pé à unidade policial para se entregar.

 O advogado de Siwek, Pablo Naves Testone, afirma que Siwek não tem antecedentes criminais e que reúne os requisitos para responder ao processo em liberdade. Disse ainda que a família do rapaz está muito assustada com a repercussão do caso e que já sofreu ameaças.

 "Acharam o número da residência fixa, e ligaram falando bobagens, como a mãe e o pai educaram o menino, falando que iam matá-los". A ligação foi atendida pela mãe de Alex, que, segundo o advogado, está tomando rémedios por conta dos últimos acontecimentos. "Todos estão comovidos, sabem que foi aterrorizante, e que o menino será julgado pelo que fez, mas algumas pessoas estão exagerando."

G1

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