Até agora, as unidades não eram obrigadas a seguir nenhum tipo de procedimento específico. Estava em uso apenas um manual de instruções, editado pela própria agência, cujo cumprimento não era obrigatório.
"Vigilâncias sanitárias locais podiam autuar as unidades, caso considerassem que a limpeza colocava em risco a saúde do paciente. Mas agora, com regras específicas, isso fica mais fácil", afirmou a gerente de regulação e controle sanitário da Anvisa, Maria Angela da Paz. A resolução também obriga as empresas a terem controle de todas as etapas: o transporte de roupas sujas e limpas e forma de processamento terão de ser documentados.
As regras são publicadas pouco mais de três meses depois de tecidos com carimbos de hospitais brasileiros terem sido identificados em bolsos de forros de calças vendidos no Nordeste do País.?A norma permite que a higienização das peças possa ser feita tanto por hospital quanto por empresas terceirizadas. Para execução do serviço, porém, a empresa terá de ter licença emitida pela vigilância sanitária local.
A gerente da Anvisa afirma não haver registros de surtos de infecção hospitalar associados ao uso de roupas higienizadas de forma inadequada. "O risco de uma contaminação é muito pequeno, mas cuidados têm de ser adotados". (Agência Estado)