A principal dificuldade nas negociações é definir o espaço que o PSD, partido criado no ano passado, ocupará na divisão. Dono da quarta maior bancada da Câmara, com 51 deputados, o partido teria direito a duas comissões, tomando o espaço do DEM e do PR, que perderiam uma comissão das duas que cada legenda preside atualmente.
Segundo projeção elaborada pela Secretaria Geral da Mesa, a nova legenda teria direito à 5ª e à 13ª escolha. Na distribuição das comissões no ano passado, a ordem correspondeu, respectivamente, às comissões de Seguridade Social e Família; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
“Ouvi muitas ilações com alternativas para o nosso partido, mas nenhuma proposta concreta”, afirmou o líder do PSD, deputado Guilherme Campos (SP). “Queremos que o PSD seja reconhecido na sua proporcionalidade, já que a Justiça Eleitoral nos permitiu exercer plenamente as prerrogativas parlamentares”, acrescentou. O deputado afirmou que vai cobrar uma posição da Mesa Diretora na reunião de líderes.
Caso o PSD seja autorizado a participar da divisão dos cargos nas comissões, o DEM deixaria de ter o direito de escolher a 7ª e a 17ª comissão para ocupar apenas o 12º lugar na lista de escolhas (que em 2011 foi a Comissão de Desenvolvimento Urbano).
Já o PR teria direito ao 8º lugar, que já ocupou em 2011 (Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio), e perderia a 20ª escolha (Comissão de Legislação Participativa), a que também teve direito no início do ano passado.
Entre os deputados que ficaram sem o posto está o deputado César Halum (PSD/TO). Até dezembro de 2011, ele era o 1º vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor (CDC). Halum migrou do PPS para o PSD. "Temos que ter paciência. Já estávamos pelos corredores no meio do processo de migração. Vamos aguardar as novas eleições, cada um ocupará o espaço que lhe pertence", contemporizou César Halum.
Ascom/Dep. Fed. Cesar Halum