Ele era foragido do Centro Regional de Recuperação Agrícola "Mariano Antunes" (Crrama), em Marabá e estava morando em Breu Branco, próximo a Tucuruí, de onde saiu para assaltar um comerciante em Jacundá. Na fuga, trocou tiros com uma guarnição da Polícia Militar elevou a pior.
Passava das 19 noras quando o comerciante Jaime Martins Oliveira, de 53 anos, preparava-se para fechar o bar, localizado à Rua Tapajós, Bairro Cidade Nova, onde trabalha com a esposa Maria Oneide da Conceição, de 47 anos. Kekê chegou e pediu uma cerveja. Assim que o comerciante serviu a bebida, o estranho anunciou o assalto. "Ele pediu todo o dinheiro, e ele disse que não tinha muito, daí ele fez ameaças, dizendo que sabia que ele havia recebido uma quantia referente a um seguro", contou a vítima na Delegacia de Jacundá.
A mulher de Jaime ouviu as ameaças e entrou aos gritos no salão. Ao chegar, encontrou o marido com uma arma apontada para cabeça. Nesse instante, o assaltante não pensou duas vezes e atirou na cabeça da mulher. Em seguida, disparou um segundo tiro que acertou a mão de Jaime. Os tiros alertaram a vizinhança, que chamou a polícia. Kekê saiu do bar e fugiu na garupa de uma motocicleta, pilotada por um comparsa. A Polícia Civil, porem, não confirmou a existência do tal comparsa.
AÇÃO RÁPIDA
Os investigadores Rosângela e Israel se deslocaram ao local com apoio de uma guarnição da Polícia Militar sob o comando do tenente Rogério.
Em dez minutos, os investigadores localizaram Kekê a cerca de500 metrosdo local do crime. Cercado, o acusado resistiu à ordem de prisão e começou a atirar contra os policiais com um revólver calibre 38.
No confronto, o assaltante recebeu três balaços e tombou morto. Para a polícia, o criminoso tinha informações sobre a família, principalmente em relação ao dinheiro que o casal havia recebido dias antes. "Ele não saiu à toa de Breu Branco para se aventurar em Jacundá. Alguém passou informação sobre o casal", apontou o tenente Rogério, que comandou a operação. Jaime recebeu três mil reais de uma apólice de seguro.
A mulher do comerciante, que foi atingida pelo assaltante, está internada em estado grave no Hospital Regional de Turucuí.
Kekê já esteve preso por várias vezes pela prática de assaltos. Ele fugiu da cadeia ano passado depois de um ano e seis meses de prisão. Apesar da morte do fora da lei, o delegado Marcos Cruz destacou o trabalho conjunto das polícias em reprimir o crime em Jacundá.
CT Online