Professores das redes pública estadual e municipal dos 139 municípios do Estado iniciam hoje mobilização em torno do cumprimento da Lei do Piso e da destinação de 1/3 da carga horária para planejamento, além de pedir a revisão do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS). Cerca de 12 mil professores devem participar do movimento, que vai até sexta-feira e inclui paralisação das atividades. Hoje, é a vez dos professores da Capital cruzarem os braços.
Segundo o secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet), Silvânio Mota, somente dez municípios, dentre os 139 do Estado, pagam o piso aos professores. "A maioria dos municípios alega que não tem recursos para cumprir o que manda a lei. Estes municípios pagam metade do piso aos professores", contou, acrescentando que o movimento visa sensibilizar governos e sociedade para a importância do cumprimento da lei. "Queremos ainda que um terço da carga horária, ou seja, 18 das 40 horas, seja destinado para o planejamento, também como manda a lei, mas o Estado permite apenas que oito horas sejam para este planejamento das aulas", afirmou.
No começo deste mês, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o novo valor do piso nacional do magistério para 2012: R$ 1.451, reajuste de 22%, o que deve agravar a situação dos municípios que já não cumpriam com a lei. Em 2011, o piso era de R$ 1.187. Segundo Mota, o problema em relação ao governo Estadual é que o aumento deverá ser concedido somente aos professores que recebem o piso, e não para toda categoria. "O governo entende que aumento é só para quem ganha o piso, mas entendemos que tem que ser para todos", argumentou Mota. Seduc Por meio de nota, a Secretaria Estadual da Educação informou que dos mais de 11.200 professores efetivos da rede estadual, apenas 140 recebem o valor de R$ 1.329,65, sendo a maioria destes profissionais professores indígenas com formação em nível médio. "A intenção do governo é que até o final deste semestre os valores sejam reajustados", diz a nota, acrescentando que os demais professores, com formação superior, recebem o salário de R$3.062,60, mais do que o dobro do piso nacional. "Sobre a carga horária destinada ao planejamento, nas séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, das 40 horas de jornada semanal, 26,6 horas são em sala de aula e as outras 13,4 para o planejamento. Para os professores das séries iniciais do Ensino Fundamental, foi acordado com o Sintet que até o início do próximo ano o tempo reservado para o planejamento será também de 1/3 da jornada de trabalho", explicou o documento.
Programação – Regionais
Tocantinópolis - Paralisação geral na sexta, com concentração e discussão da pauta de reivindicação às 08 horas na sede do Sintet localizado à Rua do Ouro 427 – Centro.
À tarde das 14 horas às 18 horas, panfletagem, e vídeo documentário com auxilio dos professores da UFT;
De acordo com o presidente Regional de Tocantinópolis o Professor Cleber Borges, a paralisação é de suma importância, pois servirá de momento para reflexão da Lei do Piso Salarial (Reajuste de 22,22%), revisão/implementação de planos de carreiras, 1/3 da jornada para hora atividade, 10% do PIB para a Educação, situação dos Remanescentes de Goiás, dentre outras questões. Portanto, se destaca a importância da adesão de todos os servidores das Redes Municipais e Estadual desta Regional de Ensino.
Palmas - Paralisação geral hoje - 16 horas caminhada pela Avenida JK, Amanhã tem panfletagem nas feiras;
Araguaína - Paralisação geral amanhã, concentração às 7 horas no Sintet e caminhada até à Praça da Bandeira;
Augustinópolis - Paralisação geral hoje, amanhã e sexta;
Guaraí - Paralisação geral na sexta, com concentração em Guaraí, na feira coberta a partir das 8 horas;
Gurupi - Paralisação geral na sexta, com concentração na praça da Igreja Nossa Senhora da Abadia;
Miracema - Paralisação na sexta com caminhada a partir das 8 horas, saindo da Praça Doracy de Morais;
Porto Nacional - Paralisação geral hoje, amanhã e sexta. Hoje tem concentração a partir das 7 horas, na Praça da Catedral;
Colinas - Paralisação geral na sexta, concentração às 8 horas, no Caribe Clube;
Paraíso - Paralisação geral na sexta, concentração na sede do Sintet a partir das 14 horas
Sudeste - Paralisação geral na sexta, com panfletagem nas cidades de Natividade, Taguatinga e Dianópolis;
Josiane Mendes/JT