Segundo o superintendente, delegado Alberto Teixeira, a equipe recebeu do Disque-Denuncia comunicado de que na Praça São Francisco estava acontecendo intenso comercio de entorpecentes.
"Populares nos informaram que dois deles agiam se passando por casal de namorados. A partir disso, começamos a fazer o levantamento e identificar, efetivamente, quem eram as pessoas envolvidas para, então acompanhar e verificar a venda", declarou o delegado.
Constatada a situação, a equipe infiltrou um policial na praça que passou a fazer a observação, se passou por usuário e chegou até o casal - formado por Wanderson e uma das adolescentes. O agente pediu droga, e eles venderam. "Foí dada voz de prisão e, em ato continuo, fomos até a casa da pessoa que estava fornecendo o entorpecente para que eles vendessem”, detalhou o delegado.
No Bairro Liberdade, os policiais chegaram a Francerly, na residência dele 53 petecas de crack foram encontradas, exatamente no quintal. Na casa estava ainda a outra menor, irmã de Francerly. Os maiores foram autuados por tráfico de drogas e corrupção de menores, e as ditas menores assinaram procedimento e foram entregues aos responsáveis.
ALEGAÇÕES
Na delegacia, os presos contaram suas versões dos fatos, Francerly declarou que conheceu a adolescente apreendida na praça há uma semana. numa festa, mas não sabia que da vendia drogas. “Ela chegou a minha casa e falou que me ajudaria a pagar o aluguel se eu guardasse essas coisas lá. Eu me neguei, mas ela insistiu. afirmando que ia guardar em algum lugar e que eu nem precisaria saber onde era. Ela guardou no fundo do quintal”, disse. Ela assumiu que sabia que guardar a droga também é crime, mas fez isso por causa da necessidade. O delegado, entretanto, contestou essa historia e reiterou queda tem, sim, envolvimento.
Já Wanderson confirmou que vendia droga, mas que estava há pouco tempo no "ramo" e pretendia deixá-lo cm breve. “Eu estava querendo parar, mas resolvi ir de novo vender na praça. Quando cheguei lá, a ‘casa caiu’”, declarou.
Ele acrescentou que vendia cada “bagulho” a R$ 10,00. Questionado se não tinha medo de vender na praça, que fica localizada em frente a uma delegacia de Polícia Civil e onde também existe um trailer da Polícia Militar, ele afirmou que tomava cuidado, vendendo apenas pequena quantidade por dia. “Eu vendia umas três, e ia para casa deitar”, declarou.
CT-Online