O incidente que levou a morte de Rangel Gomes Gonçalves aconteceu no domingo (19) de fevereiro, em frente a “AABB” de Tocantinópolis, local onde acontecia a concentração de um dos blocos carnavalesco da cidade.
Segundo informações de testemunhas Rangel Gomes havia entrada na concentração do Bloco Furacão que aconteceu na AABB, com um Abadá emprestado de um outro amigo, e como já tinha devolvido para ele, o mesmo havia ficado sem a camiseta que dava direito a permanência no evento, com isso os seguranças de uma empresa de segurança chamada “Tork” o pegaram e começaram a empurrá-lo para fora. Como a polícia já havia sido chamada, ao chegarem na porta encontraram o rapaz forçando a entrada novamente. Os PM’s tentaram prendê-lo, e para isso usaram a arma de choque TASER “não letal”. (Vejam no Vídeo Abaixo)
Após ser imobilizado os policiais o levaram para o Hospital Municipal para que fosse lhe retirado os ganchos da arma. Ao chegar ao hospital o médico que examinou Rangel deu o diagnóstico de que o mesmo estava morto.
Na época a assessoria de comunicação da 5º CIPM emitiu nota de esclarecimento sobre o acontecido onde em dos trechos dizia o seguinte: “Já do lado de fora do clube, em frente ao portão deste, o Sr. Rangel permanecia descontrolado e agressivo, desferindo socos e pontapés nas pessoas que também permaneciam ali, na portaria do clube. A polícia Militar foi chamada para conter o cidadão. Dois policiais militares chegaram inicialmente ao local, e se depararam com o Sr. Rangel agredindo a equipe de seguranças, que permanecia na portaria a fim de impedir seu retorno para o interior do clube”.
No primeiro vídeo que foi divulgado na internet não dava para ver realmente se Rangel estava mesmo agressivo, pois só mostrava o momento que ele foi atingido com a pistola de choque e caiu. Já neste outro vídeo, dá pra ver claramente que realmente o jovem estava muito nervoso, seus amigos tentavam acalmá-lo, mas, ele não aceitava, instantes depois que foi usado a pistola para imobilizá-lo.
MORTES
Não são poucos os casos de morte por causa do uso da pistola, o mais recente foi o caso de um homem de 33 anos que morreu na madrugada deste domingo (26), após ser imobilizado por uma pistola taser em Florianópolis (SC). De acordo com o delegado do 8º Distrito Policial de Florianópolis, Antonio Claudio de Seixas Joca, a mulher de Carlos Barbosa Meldola chamou a Polícia Militar por volta das 2h20min relatando que o marido estava muito agitado. Ao chegar ao apartamento, no bairro dos Ingleses, os PM’s encontraram o homem tentando pular a janela e fizeram um disparo com a pistola.
Conforme relatos iniciais da esposa, ele havia consumido drogas e estava começando a quebrar a casa, por isso ela chamou os PM’s, disse o delegado. A guarnição enviada ao local era do 21º BPM. Segundo Joca, dois policiais atenderam a ocorrência.
A Polícia Militar confirmou que foi acionada pela mulher da vítima e que o homem teria sido imobilizado ao tentar pular a janela. "A guarnição foi até o local e o encontrou muito agitado e visivelmente sob efeito de entorpecentes. A esposa disse aos policiais que ele havia consumido cocaína. Em dado momento, ele fez uma menção em pular da janela do prédio e os PM’s fizeram o disparo. Isso conseguiu evitar que ele pulasse, mas logo em seguida os policiais perceberam que ele não tinha mais sinais vitais e o Samu foi acionado", disse o tenente-coronel Fernando Cajueiro, chefe de comunicação da Polícia Militar de Santa Catarina.
Outro caso é o do estudante brasileiro Roberto Laudísio Curti, 21, morto em Sydney, na Austrália, no último dia (18). Ele morreu após receber uma série de disparos da Taser efetuados por policiais.
Segundo o jornal australiano, "Daily Telegraph" amigos não identificados de Curti disseram que ele teria usado drogas em casas noturnas na noite em que foi morto. No entanto, a polícia australiana ainda não divulgou o resultado de seus exames toxicológicos.
ESCAPOU POR POUCO
Atingido por uma arma Taser no ultimo dia 16, Everaldo Carvalho Alves, de 32 anos, sofreu convulsões no centro de Porto Alegre (RS). Segundo informações da Guarda Municipal, ele estava com um grupo que tentava fazer fogo para um churrasco na praça da Alfândega. Os guardas tentaram impedir e Alves foi atingido durante o tumulto.
Levado ao Hospital de Pronto Socorro, passou por exames e foi liberado cerca de uma hora depois. Testemunhas que estavam no local disseram aos policiais que o homem tinha problemas cardíacos e usava um marcapasso, aparelho que regula os batimentos cardíacos.
PROIBIÇÃO
Recentemente o Deputado Estadual José Bonifácio (PR), fez um requerimento solicitando ao Governo do Estado do Tocantins que encaminhasse ao secretário de Segurança Pública, ao comandante-geral da Polícia Militar e ao secretário da Justiça e Direitos Humanos um pedido de providências para que seja proibido, no Estado, o uso de pistolas de choque.
Ao defender a proposta, o deputado destacou a ocorrência na cidade de Tocantinópolis que resultou na morte do jovem Rangel. “Não temos a garantia se esse tipo de arma é letal ou não, o que coloca em risco a segurança do indivíduo envolvido em ações policiais”, justificou Bonifácio.
O requerimento foi aprovado preliminarmente em regime de urgência na sessão do dia 21 de fevereiro, mas, depois não conseguiu aprovação da maioria dos deputados da assembléia.
Tocnoticias com Informações da Internet