O impacto causado pela construção da Usina Hidrelétrica de Estreito (MA) nos municípios entorno é tema de livro organizado pela pesquisadora Antônia Custódia Pedreira Neta, coordenadora do Núcleo Tocantinense de Arqueologia (Nuta), da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins).
O livro será lançado no 9º Salão do Livro do Tocantins no domingo, 27, a partir das 10h20 no Café Literário.
Segundo a pesquisadora, o livro é resultado da pesquisa arqueológica realizada na região da usina de Estreito, abrangendo a área impactada pela sua construção, num total de 12 municípios, sendo dois do Estado do Maranhão e 10 do Estado do Tocantins.
“Nós levantamos o patrimônio arqueológico e patrimônio histórico cultural dos 12 municípios e realizamos a análise de cinco urnas funerárias encontradas no sítio arqueológico Santa Helena, na Ilha dos Campos, localizada entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA)”, conta.
A pesquisa, segundo a organizadora, contou com a colaboração da consultora e antropóloga portuguesa, professora Eugênia Cunha. “Foi um trabalho de anos. Iniciou-se com a pesquisa em 2005, até as atividades de laboratório fechadas em 2014. O livro finalizamos em julho de 2015”, completa.
Para Neta, o lançamento do livro é uma oportunidade muito boa para contribuir com a educação. “É um livro científico, voltado ao trabalho de educação patrimonial. É também um trabalho inédito, pois não há nada sobre pesquisa arqueológica naquela região e será muito útil aos professores que terão artigos sobre o assunto”.
Vários pesquisadores do Nuta escreveram para o livro: o pesquisador Marcos Aurélio Câmara Zimmermann, José Carlos de Oliveira Pinto, Eunice Menestrini, Genilson Nolasco, Rosângela Araújo, Eugênia Cunha e Ariana Braga.
Ainda segundo a pesquisadora e organizadora, os 800 exemplares impressos serão doados imediatamente após o lançamento às escolas públicas da região impactada pela construção da usina.