Resultado de votação foi homologado na manhã desta sexta-feira (25). Estudantes do câmpus de Palmas fizeram manifestação.
Durante um encontro realizado na manhã desta sexta-feira (25), na Universidade Federal Tocantins, câmpus de Palmas, ficou definido que a greve na instituição deve continuar. Os professores se reuniram na quinta-feira (24) para conferir os resultados das assembleias realizadas nos câmpus de todo estado. De acordo com a Seção Sindical dos docentes da UFT (Sesduft), foram 151 votos favoráveis à paralisação, contra 86 em favor do retorno às aulas e oito abstenções. A greve de professores e técnicos administrativos teve início no dia 28 de maio e completa 121 dias.
Estudantes do câmpus de Palmas se manifestaram nesta quinta-feira, após o fim da assembleia. Com faixas, tambores e outros instrumentos musicais, eles protestaram no prédio da reitoria e em frente à Sesduft.
Segundo o aluno de engenharia civil, Rannier Clen Lima, de 24 anos, alguns acadêmicos são contra a continuidade da greve porque não estão vendo mobilização por parte dos professores. "Para realizar uma paralisação dessa magnitude, o comando de greve tem que ter uma postura mais efetiva. Em quatro meses, essa é a segunda assembleia que eles realizam. Eles não se mobilizam de verdade."
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes Das Instituições de Ensino Superior (Andes), o ministro da educação, Janine Ribeiro se comprometeu a receber os professsores federais em greve no dia 5 de outubro.
Reivindicações
As principais reivindicações dos docentes da UFT são: defesa do caráter público da educação, melhores condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e valorização dos professores ativos e aposentados. A proposta geral do governo foi de correção salarial de 21%, parcelado em quatro anos. Ou seja, pouco mais de 5% por ano, o que está abaixo da inflação.