Segundo sindicato, apenas serviços de autoatendimento vão funcionar. Paralisação é feita após Fenaban recusar reajuste salarial, explica o Sintec.
Os bancários do Tocantins entraram em greve na manhã desta terça-feira (6), por prazo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Bancários do Tocantins (Sintec-TO), a decisão foi tomada durante assembleia realizada última quinta-feira (1°), em Palmas, após recusa da proposta de reajuste salarial feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Segundo o Sintec, 84 agências aderiram à paralização.
Conforme o presidente do sindicato, Crispim Batista Filho, só estarão em funcionamento os serviços de autoatendimento, como pagamentos e saques. Dependendo do tempo da greve, os depósitos poderão ser comprometidos, caso haja acúmulo de tarefas para os funcionários responsáveis por rebastercer os caixas eletrônicos.
Segundo Filho, os serviços que dependerem de atendimento junto aos funcionários das agências, como aberturas de contas e financiamentos, não serão realizados.
Reivindicações
De acordo com o Sintec, os bancários reivindicam reajuste de 5% de aumento real mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos doze meses (setembro de 2014 a agosto de 2015); piso salarial com base no valor calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho); maior participação nos lucros e resultados; combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das terceirizações e das demissões nos bancos; melhoria da segurança nas agências e no ambiente de trabalho para prevenir e combater doenças ocupacionais.
Mas segundo sindicato, a proposta feita pela Fenaban, foi 5,5% mais abono, no valor de R$ 2,5 mil. De acordo com o Sintec, a contraproposta apresentada não cobre a inflação de 9,88% dos últimos 12 meses. E abono é mais uma forma de impedir ganhos justos devidos aos bancários.