Marcelo Olhos Verdes foi preso em 2014, mas foi solto e está foragido. Quadrilha de acusado ostentava bens avaliados em R$ 80 milhões.
A Justiça condenou o traficante de drogas, Marcelo Gomes de Oliveira, conhecido como “Marcelo Olhos Verdes”, a 42 anos e cinco meses de prisão em regime fechado por tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico. Ele é apontado como chefe de uma quadrilha que ostentava bens de luxo avaliados em R$ 80 milhões, mas está foragido.
O condenado é considerado pela polícia um dos maiores comandantes do tráfico de drogas no estado de Goiás. Outros quatro réus também foram condenados pelos mesmos crimes.
Marcelo foi preso em maio de 2014 em Brasília. Ele ficou detido em uma cela de segurança máxima na Penitenciária Odenir Guimarães (POG) em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
No dia 20 de janeiro deste ano ele foi solto pelo juiz federal da 11ª Vara da Sessão Judiciária de Goiás, Leão Aparecido Alves. No dia seguinte a juíza Wanessa Resende Fuso, da 2ª Vara de Execução Penal de Goiânia, pediu que ele fosse preso novamente em cumprimento a um mandado pelo crime de roubo agravado por lesão corporal grave, mas não foi mais encontrado e é considerado foragido.
Quadrilha
De acordo com a polícia, a quadrilha era proprietária de duas fazendas com mais de 7 mil hectares, 1,5 mil cabeças de gado e sedes luxuosas. Na operação também foram apreendidas joias, 22 veículos nacionais e importados e 900 quilos de pasta-base de cocaína. Além disso, o líder do grupo era dono de um posto de combustíveis e tinha participação em uma casa de câmbio que, segundo os investigadores, fornecia dólares para o esquema.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, em 2000, Marcelo foi condenado a 21 anos de prisão por latrocínio, mas após cerca de três anos teve progressão de pena ao regime semiaberto e foragiu. Ele voltou a ser preso em 2007 por tráfico de drogas, mas conseguiu liberdade provisória.
Na ocasião, ele utilizava o nome falso de Marcelo Gomes de Aguiar. Segundo a polícia, em 2001 o traficante passou a usar o nome de José Marcelo Rodrigues de Morais. Por fim, em 2013, protocolou uma ação de retificação de nome na comarca de Aruanã, solicitando o acréscimo do prenome “José” ao seu nome verdadeiro.