Suspeitos foram mortos em confronto com a polícia em uma casa, na BR-135. Foram apreendidos carro com placa clonada, armas, munição e dinamite.
Três homens foram mortos em confronto com a polícia, na madrugada deste domingo (11), quando planejavam uma tentativa de resgate de presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que fica na BR-135, em São Luís. O local, marcado por casos de rebeliões, fugas, tortura e mortes de detentos, passou por vistoria do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em agosto deste ano.
De acordo com informações da Polícia Militar, uma equipe do Serviço de Inteligência (SI) da corporação descobriu o plano e interceptou os suspeitos, que estavam em uma residência no povoado Camboa dos Frades, na Vila Maranhão, próximo à BR-135, onde fica o presídio.
De acordo com o Coronel Terra, da Polícia Militar, houve troca de tiros entre a polícia e os três homens, que acabaram mortos.
"Recebemos a informação e diante disso as equipes de Inteligência se mobilizaram. Quando chegaram no local, havia um veículo fazendo a segurança e um elemento começou a trocar tiros com a polícia. Houve o revide e mais dois saíram de dentro do local efetuando disparos. A polícia revidou para se defender. Dois ficaram feridos, foi prestado o socorro aos dois, mas eles vieram a óbito", relatou.
Na casa onde estavam os suspeitos, foram aprendidas duas escopetas de calibre 12, duas pistolas .40, uma submetralhadora 380, 99 munições de calibre 12, 40 munições de .40, oito explosivos, além de um carro com placa clonada do Piauí e celulares, que estavam em poder do trio. A suspeita é de que o resgate tenha sido encomendado por um preso ligado a assalto a bancos.
Dois dos suspeitos foram identificados como Edmilson Gomes da Silva, de 29 anos, e Abraão Gomes da Silva, 29. Ambos são naturais de Teresina (PI). A polícia ainda não tem a identidade do terceiro suspeito morto.
Resgate de presos
No dia 5 de abril, quatro presos foram resgatados do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas por oito homens armados. Eles aproveitaram uma falha na cerca elétrica do muro e usaram uma corda e uma escada para fugir, com a escolta do grupo armado, que atiravam com fuzis contra as guaritas de segurança.
A falha havia sido causada por outra fuga, registrada em setembro de 2014, quando homens roubaram uma caçamba e bateram contra o muro do CDP, abrindo um buraco no muro que deu fuga a seis presos.