Sindicato da categoria diz que negociações não avançam. Eles pedem reajuste de 5% de aumento real; veja outras reivindicações.
Nove dias se passaram desde que os bancários do Tocantins entraram em greve e não há previsão de quando eles vão retornar ao trabalho. A paralisação iniciou na última terça-feira (6) e segue por tempo indeterminado. O sindicato da categoria afirma que das 165 agências do estado, 150 estão em greve, mas as negociações não estão avançando.
"Nós estamos tentando levar para a mesa de negociação para que o pessoal retorne e consiga melhorar aquela proposta que já foi feita anteriormente. Ainda não [houve diálogo]. A Fenaban não fez uma proposta que pudesse contemplar os nossos anseios, então por enquanto as negociações estão travadas", explicou o vice-presidente do Sindicato dos Bancários, Célio Mascarenhas.
De acordo com o Sintec, os bancários reivindicam reajuste de 5% de aumento real mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos doze meses (setembro de 2014 a agosto de 2015); piso salarial com base no valor calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho); maior participação nos lucros e resultados; combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das terceirizações e das demissões nos bancos; melhoria da segurança nas agências e no ambiente de trabalho para prevenir e combater doenças ocupacionais.
Mas segundo o sindicato, a proposta feita pela Fenaban, foi 5,5% mais abono, no valor de R$ 2,5 mil. De acordo com o Sintec, a contraproposta apresentada não cobre a inflação de 9,88% dos últimos 12 meses. E abono é mais uma forma de impedir ganhos justos devidos aos bancários.