Com objetivo de elencar linhas para o desenvolvimento de pesquisas científicas no Tocantins, pesquisadores e docentes estão participando da Oficina para Eleição de Prioridades de Pesquisa para o Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), que acontece no câmpus da Universidade Federal do Tocantins, em Palmas.
A oficina visa direcionar as pesquisas para as necessidades de saúde da população a fim de causar impacto na melhoria da saúde e atingir o maior número possível de pessoas. Além disso, a oficina objetiva garantir o melhor uso dos recursos disponíveis para as prioridades de saúde do Tocantins, identificar os recursos necessários frente às demandas competitivas e fortalecer o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico, bem como os vínculos entre políticas, práticas e ações de saúde.
“Depois dessa oficina, temos a elaboração e publicação da chamada pública, para entrarmos na fase de julgamento e contratação dos projetos. Vale lembrar que o PPSUS não é somente uma ação de fomento, é sobretudo uma ação de saúde onde se utiliza um modelo de gestão compartilhada e descentralizada para a definição de prioridades de pesquisa em saúde”, destacou Augusto Barbosa Júnior, consultor técnico da Coordenação Geral de Fomento à Pesquisa em Saúde (Decit/ Ministério da Saúde).
Abertura
Durante a abertura da oficina que ocorreu na última terça-feira, 17, na UFT, o secretário de Estado da Saúde, Samuel Bonilha, destacou que os editais vêm fomentando pesquisas e possibilitando que cada vez mais as políticas públicas do SUS venham a ser fortalecidas.
“Nós precisamos defender o SUS e tenho certeza que sairão muitas pesquisas para fortalecer esse sistema. Quero aproveitar para dizer que o recurso é de R$ 450 mil do Ministério da Saúde e R$ 150 mil da Sesau, mas se a gente tivesse mais condições, se o momento não fosse tão delicado, com certeza nós aumentaríamos esse valor”, afirmou.
O reitor da Universidade Federal do Tocantins, Márcio da Silveira, disse que o programa provoca uma grande expectativa, uma vez que é muito difícil definir prioridades. “Esta é uma tarefa árdua e difícil, mas não tenho dúvidas que se alguém nesse país tem capacidade crítica, criadora e inovadora, são os professores. Temos que prover conhecimento novo, trabalhar a inovação porque a sociedade espera muito de nós”, disse.
Também presente na abertura, o presidente da Agência Tocantinense de Ciência, Tecnologia e Inovação (Agetec), George Brito, informou que, no primeiro edital, em 2006, foram 38 projetos enviados e 10 contratados, em 2008 foram 30 enviados e 12 contratados e em 2012 um total de 44 projetos foram enviados e 16 contratados. “Além disso, a titulação dos pesquisadores envolvidos também teve um incremento ao longo desse período. Nós tínhamos um número maior de mestres envolvidos nas pesquisas no primeiro edital, no segundo esse número se manteve, mas também tivemos uma participação maior de doutores, e em 2012 tivemos um número maior tanto de mestres como de doutores. Precisamos avançar mais, mas já temos uma crescente nessa área”, esclareceu.
A superintendente de Educação na Saúde e Regulação do Trabalho, Márcia Valéria Ribeiro de Queiroz Santana, destacou a importância da união dos diversos setores para o fortalecimento do SUS. “Nós estamos todos juntos na luta pelo SUS, seja por meio da construção do conhecimento, seja por meio da educação permanente ou por meio da interação ensino-pesquisa. Estamos aqui para construir uma unidade e nossas reflexões serão em cima da realidade das nossas regiões de saúde”, destacou.
Programa Pesquisa para o SUS
Entre os principais objetivos do Programa Pesquisa para o SUS estão financiar a pesquisa e temas prioritários a fim de fortalecer o SUS, promover a aproximação dos sistemas de saúde, ciência e tecnologia locais, que o que estamos fazendo, reduzir as desigualdades regionais a fim de promover a equidade.
Para a edição 2015/2016, a Sesau elencou os seguintes temas como prioritários: Gestão em Saúde, Educação para a Saúde, Epidemiologia e Vigilância em Saúde, Sangue e Hemoderivados e Assistência em Saúde.