Na manhã da última terça-feira, 1, a policial civil Cristiane Lacerda esteve no salão branco do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, a fim de participar da solenidade de premiação do XII Prêmio Innovare.
Na oportunidade, Cristiane, juntamente com o professor Fabrício Rocha, foram homenageados com uma placa de Menção Honrosa pela elaboração de um projeto de ressocialização socioambiental, que vem sendo desenvolvido em parceria com detentas da Cadeia Pública de Pedro Afonso (TO) e que se tornou destaque nacional ficando entre os três primeiros colocados da categoria Justiça e Cidadania.
Cristiane conta que o projeto nasceu da ideia que ela teve de revitalizar o entorno da Delegacia de Polícia Civil de Pedro Afonso, onde também funciona a Unidade Prisional Feminina do município, com a construção de um jardim ecológico, utilizando-se de pneus descartados e garrafas pet. No entanto, para a realização do projeto, a policial civil decidiu incluir as detentas da Cadeia Pública, já que seu objetivo maior era promover um meio de ressocialização das mulheres, fazendo com que as mesmas se integrem de volta à sociedade.
A ideia deu muito certo e contribuiu para que Cristiane e as reeducandas fossem convidadas a promover a recuperação de outros espaços públicos de Pedro Afonso. Após algum tempo, a policial decidiu inscrever o projeto na XII edição do Prêmio Innovare, o qual premia iniciativas que visam promover a integração da população carcerária em atividades de reintegração à sociedade.
No final do mês de outubro, dentre as 244 práticas inscritas, o projeto idealizado pela policial Cristiane foi selecionado para concorrer na recém-criada categoria, Justiça e Cidadania, ficando entre os três finalistas. Ao receber a placa de Menção Honrosa das mãos do ex-ministro do STF, Carlos Aires Brito, Cristiane falou sobre a emoção pela conquista e do fato de ter auxiliado as reeducandas de Pedro Afonso no resgate da autoestima e na reinserção das mulheres na sociedade.
“Ser agraciada com o recebimento dessa placa de Menção Honrosa é motivo de muito orgulho, não só para mim, como também para todas as pessoas envolvidas nesse projeto, as quais batalharam para que essa ideia desse certo. Essa é uma data que ficará marcada para sempre em minha vida, pois, através desse projeto, pude ajudar pessoas que realmente necessitavam e ainda ganhei o reconhecimento, não só dos meus colegas de trabalho e da sociedade Pedro Afonsina, como também em nível nacional”, enfatizou.
Para o delegado geral da Polícia Civil, Roger Knewitz, a conquista alcançada pela policial Cristiane serve de estímulo e motivação para que outros policiais civis também possam promover mais ações humanitárias que resultem em benefícios para toda à sociedade. “É uma grande satisfação contar, nos quadros da Polícia Civil, com uma policial como Cristiane, que com ideias inovadoras, elevou o nome da nossa instituição recebendo essa importante premiação nacional”, pontuou.