A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (17) a Operação Apoio Zero, para desarticular suposto esquema de desvio de recursos públicos.
Segundo a PF, os recursos foram repassados pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) à Fundação de Apoio Científico e Tecnológico (Fapto), para execução de projetos de ensino. Mais de 40 agentes cumprem oito mandados de condução coercitiva e dez de busca e apreensão em Palmas, Porto Nacional, Gurupi e Rio de Janeiro.
De acordo com as investigações, a análise de extratos bancários da Fapto, obtidos mediante autorização judicial, aponta que apenas em 2014 foram movimentados R$ 6,6 milhões entre as contas correntes específicas de diversos projetos da Fapto e as contas genéricas da administração da fundação.
Deste montante, R$ 4.001.806,51 foram retirados das contas dos projetos em favor de contas genéricas da Fapto, enquanto que R$ 2.627.990,86 saíram das contas genéricas para contas específicas dos projetos. Ou seja, a diferença de R$ 1,3 milhão saiu das contas específicas de projetos para as contas particulares da Fapto, sem a comprovação que tais recursos fossem aplicados na execução dos projetos.
Os fatos em apuração configuram os delitos previstos nos artigos 312º, 317º e 333º, do Código Penal, e artigo 2º, da Lei 12.850 de 2013. As punições variam de 2 a 12 anos e prisão.