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Homens que Denunciaram Fazendeiro por Trabalho Escravo Voltam Para Casa

Data do post: 16/01/2014 20:02:49 - Visualizações: (1125)

Depois da denúncia eles receberam ameaças de um homem. Trabalhadores voltaram para o interior de Minas Gerais, onde moram.

 

 

(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)  Os dois homens que denunciaram um fazendeiro por trabalho escravo em Lagoa da Confusão, sul do Tocantins, voltaram para o interior de Minas Gerais, onde moram, nesta quarta-feira (15). Desde dezembro do ano passado, eles estavam em Gurupi após fugirem da fazenda onde dizem que sofreram maus tratos e chegaram a receber chibatadas.

  Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que apoia o Ministério Público do Trabalho na investigação do caso, eles iriam viajar nesta quinta-feira (17), mas a volta para casa foi antecipada por medidas de segurança. Os homens receberam ameaças de um homem conhecido como 'Cigano' que pode ser um aliciador de trabalhadores de outros estados.

  De acordo com a PRF, os dois trabalhadores estavam conversando com uma pessoa na portaria de um hotel no município, quando chegou Cigano. Segundo relatos dos trabalhadores à polícia, ele teria dito a uma das vítimas para 'tomar cuidado'. O homem que ameaçou os trabalhadores foi detido, mas segundo a Polícia Civil de Lagoa da Confusão, ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foi liberado.

 Cigano tem passagens pela polícia de Goiânia e Brasília. A assessoria de comunicação da PRF informou que ele não tem vínculos empregatícios com o fazendeiro denunciado por trabalho escravo, mas que Cigano pode ser um 'gato', ou seja, alguém contratado pelo fazendeiro para realizar tarefas.

 Procuradores do Trabalho estão em Lagoa da Confusão e continuam investigando o caso. Eles foram à fazenda, onde os trabalhadores disseram que foram vítimas da escravidão. "A fazenda tem locais degradantes, condições insalubres, mas ainda não foi confirmada a denúncia. No local também não foram localizados outros trabalhadores", relatou o assessor de comunicação da PRF Edilez Brito, que acompanha a operação. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

  O fazendeiro não estava na fazenda. Mas os procuradores e os policiais firmaram um acordo com um funcionário dele. Ele pagou os trabalhadores que denunciaram o patrão e devolveu os objetos pessoais deles. Segundo a PRF, os envolvidos foram intimados.

Entenda

 Em dezembro do ano passado, dois trabalhadores fugiram de uma fazenda em Lagoa da Confusão e foram para Gurupi. No município, eles procuraram a justiça do trabalho e denunciaram um fazendeiro por trabalho escravo.

"Às vezes ele dava uma lona para forrarmos em cima do caminhão e outras vezes a gente dormia embaixo do caminhão", disse um deles. Ele também relataram que tiveram que trabalhar até no período noturno. Um deles, mostrou marcas nas costas e disse que foi agredido. "Carregávamos a madeira nas costas e quando nós não aguentávamos, eles nos batiam".

  Após a denúncia, os dois foram abrigados em uma Igreja Católica e ficaram sob proteção policial.

Fonte: G1/TO

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