O Cianorte deu início a mais um embate contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e conseguiu uma liminar na manhã desta quinta-feira que garante a sua participação na Série C do Brasileiro de 2014.
O time, que não disputou nem a Série D do ano passado, se utilizou do imbróglio da última temporada na terceira divisão para entrar na Justiça.
O clube paranaense cobra de José Maria Marin uma promessa feita por seu departamento de Competições, comandado por Virgílio Elíseo, em 2012, que prometia uma vaga na quarta divisão, em meio a uma mudança que estava sendo feito, com a redução da participação de equipes de 40 para 32. No fim, a alteração não deu em nada, os critérios foram modificados e o Cianorte ficou de fora, com um prejuízo estimado em R$ 3 milhões.
O argumento utilizado no tribunal foi bastante simples: como a Série C do ano passado contou com 21 clubes por causa de um acordo entre a CBF, o Rio Branco (AC) e o Treze de Campina Grande (PB), a diretoria do clube usou o Estatuto do Torcedor para manter o mesmo número de participantes na edição de 2014 e postulou a vaga restante - o campeonato teve cinco rebaixados, voltando para a sua forma inicial, de 20 clubes.
"Eles não nos deram o direito de participar da Série D do ano passado. Eles avisaram que a gente faria parte, como quinto colocado da Série D anterior e não cumpriram. Usamos o Estatuto do Torcedor, que obrigada a organizadora do campeonato a manter o formato por pelo menos dois anos. Nós não estamos afrontando ninguém, nem pretendemos tirar a vaga de nenhum outro time, só estamos buscando um direito. Estamos mais tranquilos agora, isso paga um pouco do prejuízo que tivemos", afirmou Adir Kist, diretor de Futebol do Cianorte, ao ESPN.com.br.
A CBF ainda pode recorrer da decisão, o que deve acontecer.