Unidade foi projetada para abrigar 210 detentos. Espaço está cheio de fezes e o mato tomou conta do local.
Em meio a crise carcerária que afeta o Estado, a construção de um presídio em Imperatriz-MA, segunda maior cidade do Estado, ainda não tem previsão de término. A unidade começou a ser construída em 2009 e deveria ser entregue dois anos depois. Mas as obras foram paralisadas e o local está abandonado.
O presídio, projetado para abrigar 210 presos, ajudaria a reduzir a superlotação nas unidades prisionais da região. No local, há restos de material de construção, como areia e seixo, ficaram espalhados. Até uma betoneira foi abandonada. Onde deveria haver o muro, há apenas cercas de arame que facilitam a entrada de animais. O espaço está cheio de fezes e o mato tomou conta do local. As centrais de ar condicionado foram deixadas onde funcionava o escritório e não há vigilantes que impeçam a entrada de pessoas não autorizadas.
Segundo o promotor de Justiça Joaquim Júnior, as unidades localizadas em Imperatriz estão superlotadas e não possuem condições de receber outros detentos. Atualmente a Unidade Prisional de Ressocialização da cidade tem 311 detentos, quase o dobro de sua capacidade inicial de 160 detentos.
“Não há muito tempo foi realizado um mutirão por lá, para analisar essa situação. Se realmente cada um que está preso precisar estar, se não há uma possibilidade disso ser revisto e o Ministério Público não acredita que o problema seja esse. O Maranhão é o Estado que menos prende no país inteiro. Então o problema não é rigor, mas situações ilegais no que tange à prisão”, disse o representante do MP.