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Suplente de Deputado Federal Envolvido no Golpe da Caixa em Tocantinópolis é Preso na Cidade de Estreito (MA)

Data do post: 18/01/2014 16:58:18 - Visualizações: (4560)

Ernesto Vieira Carvalho Neto, 40 anos, é suplente de Deputado Federal do Estado do Maranhão, e morador da cidade de Estreito, mesma cidade onde foi preso na tarde deste Sábado (18). Ernesto já foi proprietário do Auto Posto Interlagos em Tocantinópolis.

Divulgacand-2010/TSE        Foi preso na tarde deste sábado (18), em Estreito (MA), o suplente de deputado federal Ernesto Vieira Carvalho Neto (PMDB), apontado como mentor do golpe de R$ 73 milhões contra a Mega-Sena, da Caixa Econômica Federal, agência de Tocantinópolis (TO).            Quatro outros acusados de envolvimento com a fraude ainda estão sendo procurados e são considerados foragidos da justiça. A Caixa informou que esta é a maior fraude já sofrida em toda a sua história.

            ENTENDA

            Uma conta foi aberta no ultimo dia 05 de Dezembro de 2013 na agência da Caixa em Tocantinópolis para pagar R$ 73 milhões de um suposto prêmio da Mega-Sena. A autorização para abertura da conta partiu do gerente geral da Agência, Robson Pereira do Nascimento, que usou sua senha para retirar o valor da conta interna da instituição de pagamento de prêmios. Logo após a conta ter sido aberta, foram feitas transferências de R$ 40 milhões para uma conta em São Paulo e R$ 33 milhões para outra em Goiás. A partir daí, passaram a ser feitas várias transferências de valores mais baixos, inclusive para outros bancos, para permitir o saque dos valores.

           Robson residia em Tocantinópolis na Rua Paraíba, setor Vila Matilde, inclusive a sua casa estava passando por uma reforma completa, mas, as obras por enquanto estão paralisadas.

Imagem do Site www.tocnoticias.com.br            O delegado da PF Omar Peplow da delegacia de Araguaina, informou que todos os gerentes de agência da CEF podem movimentar a conta da Mega-Sena, mas o procedimento correto é que a validação do bilhete seja feita antes que o dinheiro seja colocado na conta do premiado. Ainda segundo o delegado, o Gerente Robson não fez o procedimento correto. Ao ser indagado, alegou que tinha mandado o bilhete e a documentação do ganhador pelo malote. Em seguida, como estava em férias, passou a dizer que estava em viagem pelo Ceará e verificaria o que ocorreu quando retornasse ao trabalho.

            Segundo Omar, após investigação interna, que durou seis dias, a CEF percebeu a fraude e acionou a Polícia Federal.

            "Na verdade, o bilhete falso nunca apareceu. O gerente nunca mostrou. Disse que havia mandado por malote apenas para ganhar tempo". Explicou o delegado Peplow.

Foto Reprodução/TV Anhanguera            Na opinião do delegado, o pagamento de prêmios da Mega-Sena deveria ser feito apenas com autorização do superintendente regional.

            "Como um gerente tem acesso a uma conta com tanto dinheiro?" questionou.

            O Delegado afirmou que o suplente de deputado federal foi descoberto porque forneceu um comprovante de endereço para abrir a conta em nome de uma pessoa fictícia. A partir desta descoberta da PF, foram realizadas escutas que mostraram conversas entre ele e o gerente da agência antes do golpe.

           PF diz ter recuperado 70% do Valor

            Segundo o delegado regional executivo da PF em Tocantins, Almir Clementino Soares, a PF pediu o bloqueio das contas à Justiça e, com isso, 70% do valor foi recuperado, evitando que a fraude se transformasse também no maior prejuízo da instituição com algum golpe.

            Soares informou que, dos cinco procurados, três são do Maranhão, um de Goiás e um de São Paulo. Todos estão com prisão preventiva decretada e não foram localizados neste sábado. A partir de agora, são considerados foragidos, pois já há provas contra eles de participação no golpe. Na residência do procurado em Goiás, por exemplo, foram apreendidos extratos bancários que comprovam que ele movimentou o dinheiro da conta.

Imagem do Site www.tocnoticias.com.br            Os envolvidos podem responder pelos crimes de peculato, receptação majorada, formação de quadrilha e de lavagem de dinheiro. Caso os suspeitos sejam condenados as penas somadas podem chegar a 29 anos de prisão.

            Clementino conta que, depois das duas transferências para Goiás e São Paulo, foram efetuadas centenas de outras de valores mais baixos, com o objetivo de facilitar o saque do dinheiro, para contas de pessoas físicas e jurídicas, na Caixa e em outros bancos. Com o início do bloqueio das contas, diz o delegado, os envolvidos perceberam que o golpe fora descoberto e fugiram.

            "Eles formaram uma teia de aranha". Disse o delegado, explicando que a PF elaborou um organograma para chegar aos cabeças da fraude.

            A Polícia Federal não descarta pedir a prisão de outros envolvidos e afirmou que todos os beneficiados com depósitos serão investigados.

Fonte: Com Informações da PF

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