Daniel Marreiros, de 32 anos, foi condenado por latrocínio. Segundo a polícia, todos os suspeitos têm passagens por delegacias.
O líder do grupo que assaltou cartório de Imperatriz na ultima quarta-feira (22) cumpriu pena de 17 anos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, e estava solto há cinco meses. Segundo a polícia, todos os suspeitos têm passagens por delegacias. Assalto a cartório mobilizou dezenas de policiais e parou o centro de Imperatriz na tarde dessa quarta.
Daniel Marreiros, de 34 anos, comandava os comparsas e falava com o comandante da PM por telefone. Ele solicitou coletes à prova de balas, para a liberação dos primeiros reféns, e chegou a pedir até cigarros, além de água e comida. Daniel cumpriu pena em Pedrinhas, na capital, por 17 anos, condenado por latrocínio, roubo seguido de morte. Há cinco meses ganhou a liberdade e voltou a morar em Imperatriz.
De acordo com a polícia civil, todos os suspeitos de assalto já tinham passagem pela polícia. Um dos adolescentes que participou estava foragido da Funac e também havia sido apreendido por assalto à mão armada.
Daniel Marreiros, Mairon Keven e Francisco de Assis vão responder por roubo qualificado, com violência ou ameaça exercida com emprego de arma e com mais de uma vítima, além de privação de liberdade e corrupção de menores. Já os dois adolescentes que participaram do crime vão responder por ato infracional correspondente à assalto qualificado.
Assalto
O Cartório amanheceu nesta quinta-feira (23) de portas fechadas, segundo os donos, por "motivo de força maior". Durante duas horas e meia da quarta-feira, o local foi cenário de ameaças e terror. As 17 pessoas, funcionários e clientes, ficaram sob a mira de 3 revólveres e reféns de cinco assaltantes. Uma guarnição da Polícia Militar que estava a um quarteirão do local chegou rápido, depois que a denúncia foi recebida pelo 190.
As polícias militar e civil mobilizaram em torno de 40 homens, que cercaram o cartório e monitoravam a área do alto, enquanto o comandante da PM negociava por telefone, a liberação dos reféns.
Por intermédio de um dos clientes que fazia serviços no cartório no momento do assalto, eles também se comunicavam com a polícia. As ruas mais próximas do cartório foram interditadas e mesmo de longe, uma multidão acompanhava cada minuto de tensão. Aos poucos, os reféns foram sendo liberados.
Às cinco horas da tarde, os criminosos decidiram se entregar. Primeiro as armas foram colocadas no chão e a polícia permitiu que as mães e namoradas acompanhassem a saída de cada um, por garantia da integridade física.
Além dos revólveres e munição, dentro da roupa íntima de Mairon Keven, a polícia apreendeu 420 reais. Cerca de 200 reais estavam com a namorada de um deles, que foi levada com o bando na van da polícia. Ela alegou que não sabia como ele tinha conseguido o dinheiro.