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Recém-nascido Cai e Fica Ferido Após Berço Quebrar em Hospital

Data do post: 30/01/2014 00:46:33 - Visualizações: (1510)

Mãe diz que queda ocorreu durante a limpeza: 'Fiquei em estado de choque'.Hospital Materno Infantil confirma acidente e diz que menino passa bem.

(Foto: Reprodução/Renato Conde/O Popular)        A dona de casa Yasmine dos Reis, 21 anos, denuncia que o filho recém-nascido caiu de um berço no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, e sofreu ferimentos no rosto e orelha. ela afirmou que o equipamento quebrou durante a realização de limpeza no quarto. “Ele estava dormindo e a faxineira pediu que eu puxasse o carrinho onde fica o berço. Quando encostei a mão, uma das travas se soltou e meu filho caiu de cara no chão”, conta.

  O acidente aconteceu no último domingo (26), por volta das 9h. Segundo a mãe, a criança teve um corte na parte superior do olho e outro nas proximidades da orelha. “As outras meninas que estavam no quarto chamaram os médicos. Aí peguei meu filho, que estava roxo, sem chorar. Só quando o coloquei no colo ele reagiu. Vi o sangue e entrei em estado de choque”, lembra.

  A mãe relata que, em seguida, os pediatras buscaram a criança e levaram para a realização de exames. Eu tremia tanto que precisei tomar calmantes. Mas o meu desespero só aumentou, pois só pude ver meu bebê por volta das 13h. Ele estava com o balão de oxigênio e tomando soro, mas ninguém me falou nada sobre os ferimentos. Só fui saber que ele sofreu um traumatismo à noite”, afirma a dona de casa.

   Procurado, o Hospital Materno Infantil confirmou, por meio de nota, a queda na enfermaria da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin). O hospital informou que houve o rompimento da trava do berço de acrílico e que o defeito já foi corrigido pela equipe de manutenção. O HMI ressaltou que a criança passou por uma radiografia e, em seguida, foi levada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde foi submetida a uma tomografia computadorizada. O boletim médico destaca que houve um pequeno traumatismo, mas nenhum dano cerebral foi diagnosticado.   (Foto: Arquivo pessoal)

   A mãe do bebê conta que, na noite do dia seguinte ao acidente, o pai do menino procurou a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), no Jardim América, para registrar um boletim de ocorrência. Como a delegacia já estava fechada, ele fez a denúncia no 1º Distrito Policial, no Centro. O caso foi registrado como lesão corporal culposa. “Queremos que os fatos sejam apurados, pois na manhã seguinte os berços do mesmo modelo em que aconteceu o acidente sumiram. Porém, outros vieram com os parafusos que pareciam ter sido trocados, mas quem garante que isso é suficiente e que podemos ficar tranquilas?”, questiona Yasmine.

   Segundo a dona de casa, agora, o bebê está em observação e deve passar por novos exames em até quatro dias. A mulher já recebeu alta médica, mas diz que faz questão de acompanhar o filho durante a estadia no hospital. Ele aparenta estar bem, mama, mas tenho medo de que ele fique com alguma sequela. Ouvi um médico dizer que ele pode ir para casa a qualquer momento, mas só saio daqui depois que esses novos exames comprovem que o ferimento não vai dar um problema no futuro”.

   Yasmine mora com a família em Abadiânia, a 88 km de Goiânia. Ao constatar que poderia ter um parto prematuro, com menos de oito meses de gestação, ela foi transferida para Anápolis. Em seguida, foi encaminhada para o HMI, em Goiânia. O parto aconteceu no último dia 20 e, após receber cuidados, o menino foi levado para o quarto no sábado (25). “Nunca imaginei que poderia acontecer algo assim. O que mais me chocou foi o descaso das pessoas da direção que vieram perguntar o que tinha acontecido. Parecia que a culpa era minha”, desabafa a mãe.

  Outra preocupação de Yasmine é com o peso da criança, pois ela teria emagrecido após o acidente. “Ele pesava 1,80 kg e, depois de ficar mais de 24 horas sem mamar, está com 1,6 kg. Tenho medo de que isso afete a saúde dele. Por isso, faço questão de estar por perto o tempo todo”, conta a mulher. Ela pede providências: “Isso foi muito grave e não pode acontecer de novo”.

   O HMI ressaltou que o recém-nascido continua sendo avaliado por um neurologista e que deve passar por uma nova tomografia. O diretor-técnico da unidade, Ivan Isaac, disse que esse é o primeiro acidente do tipo registrado no hospital.

Fonte: G1/GO

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