Comecialização das novos produtos é feita por uma associação. Valores são quase o dobro do modelo anterior.
No Tocantins, as novas placas veiculares, contendo dois códigos de barra, já está valendo desde setembro de 2013, para motoristas que adquirirem um carro novo ou que precisarem trocar o emplacamento do veículo por causa de transferência de localidade ou mudança de categoria. O novo sistema possibilita o órgão de trânsito monitorar todo o processo de produção das placas, desde a fabricação até o consumidor final.
Mas a obrigatoriedade não está deixando satisfeitos os motoristas devido ao alto custo. No Tocantins, o serviço é realizado apenas pela Associação de Fabricantes de Placas Automotivas do Tocantins (Asplato), composta por dez empresas credenciadas. Os preços, que antes eram possíveis negociar, agora custam R$ 180, para carros, e R$ 100, para motocicletas. O valor é quase o dobro do modelo anterior.
“Quando a gente fala o valor da placa para o cliente, ele assusta e muitos deixam de comprar o veículo por conta desse valor”, diz a responsável de pós-venda, Dayane Modela, acrescentando que a revendedora de veículos já sentiu os reflexos da mudança. O contador, Hernanes Nunes, reforça a insatisfação em relação ao preço. “Cara, mas a gente é obrigada a pagar, infelizmente.”
O diretor da Asplato, Fernando Leme, diz que a entidade não pratica o preço maior que o mercado. “Se fosse para fazer individualmente, provavelmente,e ficaria até mais caro do que R$ 180. Nós colocamos a associação para viabilizar o negócio.” A Asplato existe desde 2008 e atende quase todas as 27 Ciretrans pelo estado.
O Detran é o responsável por credenciar as empresas que fabricam e comercializam as placas. O assessor jurídico do órgão, Júlio Poli, explica como está a situação. “O Ministério Público já solicitou a documentação a cerca desse procedimento. A gente enviou, conforme solicitado, mas a gente não pode falar nada porque está iniciando um procedimento.”
Enquanto isso, os motoristas continuam pagando o preço estabelecido pela associação. “Eu acho que aqui em Palmas deveria ter uma concorrência, mais de uma pessoa. Só fica em um, não vamos sair desse. Acho que está caro demais”, diz a dona de casa Rosana Barbosa.