De acordo com o Sindicato dos Bancários, nos últimos dias chegaram várias reclamações de pessoas que passaram nos concursos da Caixa e do Banco do Brasil e que ainda não tomaram posse.
O Sindicato dos Bancários do Tocantins (SINTEC-TO) protocolou uma denúncia no Ministério Público do Trabalho de Palmas (MPT) na tarde de terça-feira, (18), contra o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. A entidade pede a suspensão dos concursos de ambas às instituições financeiras até que os aprovados em concursos anteriores, com data de validade ainda vigente, sejam empossados.
De acordo com o Sindicato dos Bancários, nos últimos dias chegaram várias reclamações de pessoas que passaram nos concursos da Caixa e do Banco do Brasil e que ainda não tomaram posse. A argumentação usada pelos aprovados é de que estão sendo prejudicados com a realização de um novo certame já que estão aprovados em concursos conforme o número de vagas, ainda em validade e com prazo próximo a vencer.
Além disso, o SINTEC-TO denuncia também agências e departamentos bancários com números reduzidos de funcionários e vagas em aberto operando com trabalho terceirizado; a Caixa Econômica Federal com elevado número de estagiários ocupando e desenvolvendo funções de bancários; jornada de trabalho extra além dos limites legais, causando adoecimento dos funcionários.
Para diretor jurídico do Sindicato dos Bancários, Clésio Alencar, a realização de um novo concurso público sem a posse dos aprovados é ilegal. “As duas instituições financeiras estão agindo ilegalmente já que há pessoas aprovadas nos concursos anteriores e que ainda não tomaram posse. Além disso, os concursos atuais não atendem as reais demandas dos bancos”, destacou acrescentando que o Sindicato está atento à situação e que acompanhará investigação do MPT.
Entenda
As demissões, terceirizações irregulares crescentes da mão-de-obra bancária e contratação de estagiários, que superam o número de vagas não preenchidas no atual concurso, deveriam ter ampliado a quantidade de vagas do concurso deste ano (2014), do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, mas ao invés disso, as instituições financeiras reduziram o número para cadastro reserva ou não atendem a real demanda, respectivamente.