O 7º Distrito Naval, que compreende os estados de Goiás e do Tocantins, além do Distrito Federal, divulgou nesta quarta-feira, (19) números parciais da Operação Amazônia Azul nessas localidades.
Foram feitas 120 abordagens, com 11 notificações e três apreensões desde a última segunda-feira (17). Em âmbito nacional, a operação envolve 30 mil militares, 60 navios e 15 aeronaves, além de embarcações das capitanias dos Portos.
O comandante do 7º Distrito Naval, vice-almirante José Carlos Mathias, disse que a operação não é resposta a alguma emergência em águas brasileiras, mas ressaltou a importância da manutenção da ordem nos mares, rios e lagos. “Essa operação serve de alerta a usuários de embarcações. Se ficamos muito tempo sem fiscalizar, pode haver problemas”, acrescentou o vice-almirante.
Segundo Mathias, a Amazônia Azul será repetida durante a Copa do Mundo, mas em menor escala. Somente as cidades-sede de jogos do Mundial serão patrulhadas. No Distrito Federal, o Lago Paranoá contará com militares em áreas próximas a hotéis onde delegações ficarão hospedadas.
Em cidades-sede litorâneas, como Rio de Janeiro, Salvador e Recife, Mathias disse que a Marinha estará preparada para casos de invasão do espaço marítimo brasileiro e eventuais ataques a essas cidades. “A preocupação é que alguma ameaça possa vir do mar para a cidade. É possível que um navio mercante lance algum tipo de armamento do mar. Não temos indício de que isso possa ocorrer, mas é uma possibilidade. Então, temos que estar prontos.”
Ainda sobre a Copa do Mundo, Mathias comentou a possibilidade de as Forças Armadas atuarem contra atos de vandalismo, a pedido da presidenta da República. Ele explicou que a tarefa militar nesse aspecto seria de apoio e complemento das forças de segurança de cada estado. A Marinha estará “pronta para atuar”, caso seja necessário, afirmou.