Como a festa de carnaval está acontecendo praticamente na porta do prédio da cadeia, os detentos aproveitaram o barulho alto das bandas que estavam se apresentando e serraram uma cela, abriram um buraco no teto e escaparam sem que os agentes penitenciários percebessem.
Os detentos que escaparam e estão sendo procurados são: Amarildo Borges Maciel de 21 anos, Gean Borges Nonato de 26 anos e Antonio Pinto da Costa Junior de 29 anos, todos os três estavam presos sob a acusação de assassinato.
Esta é a segunda fuga registrada na cadeia pública após a reforma e ampliação do prédio já que na primeira, que aconteceu em 15 de Novembro de 2013 escaparam o latrocida Iraziel Gomes Sobral e Jardim Pereira de Jesus. Este último foi recapturado uma semana depois no município de Governador Edson Lobão (MA). Já Iraziel ainda continua foragido.
Após esta primeira fuga o diretor da cadeia pública senhor Vinícius Lima Silva mandou instalar novas medidas de segurança onde foram colocadas chapas de aço nas janelas e grades para dificultar o trabalho persistente dos detentos, porém esta medida parece não ter sido suficiente para evitar a fuga que aconteceu nesta ultima sexta feira (28).
Agentes da polícia civil juntamente com policiais militares da 5ª CIPM estão neste momento procurando os fugitivos nos povoados e cidades circunvizinhas na tentativa de recapturá-los.
A cadeia pública de Tocantinópolis que tem capacidade para 34 detentos divididos em seis celas, sendo uma para os presos do semiaberto. Mas, segundo o diretor da Cadeia há hoje encarcerados após esta ultima fuga, 40 detentos
Em entrevista com Vinicius Lima este explicou que com o som alto produzido pelas bandas que animam o carnaval em frente a cadeia pública fica praticamente impossível escutar o barulho dos detentos serrando grades e furando buracos nas paredes ou no teto como aconteceu nesta última fuga. O diretor esclareceu também que as revistas são periódicas, ou seja, diariamente. No entanto eram 43 presos, dentre eles a maioria quer sair pela porta da frente mediante alvará de soltura, mas alguns não aceitam as penas impostas e tentam constantemente ganhar as ruas mediante fugas.
Perguntamos ao diretor da cadeia como que os detentos conseguem os instrumentos para serrar as grades já que nada passa sem ser vistoriado pelo agentes penitenciários, e Vinícius explicou que as ferramentas usadas por eles são arremessados da rua no período noturno por criminosos, e estes objetos caem no pátio do banho de sol ou na área do corredor das janelas, e uma vez lá, são puxados por ganchos feitos pelos detentos especialmente para esta função, e que por esta razão Vinicius mandou soldar chapas perfuradas de aço nas janelas das celas para evitar entrada de tais objetos.