A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Pará está em alerta, monitorando permanentemente o nível dos rios no Estado, a fim de contribuir com os municípios no levantamento dos danos causados pelas enchentes, que ocorrem, principalmente, nas regiões sudeste e do Xingu.
Nesta ultima sexta-feira (7), a cidade de Medicilândia, à margem da Rodovia Transamazônica, na Região do Xingu, decretou estado de emergência por conta da elevação do nível do Rio Surubim, que provocou enxurradas nas áreas urbana e rural.
“A partir do momento em que é decretado estado de emergência, Estado e União disponibilizam recursos para atender as famílias afetadas, enviando, por exemplo, kits humanitários e alimentos, além de trabalhar na recuperação de equipamentos públicos, como pontes e estradas”, explica o tenente coronel José Almeida, coordenador adjunto da Defesa Civil.
Segundo relatório divulgado na tarde desta sexta-feira pela Defesa Civil, em Medicilândia há 1.031 famílias afetadas pelas cheias; 107 famílias desalojadas; 208 famílias com perdas de bens materiais nos bairros Surubim (122 famílias) e Vila Nova (86 famílias), mas não há registro de desabrigados. No local, foi verificada ainda a destruição de cinco pontes e danos parciais em duas escolas públicas, 11 residências e em outras 10 pontes, que já estão sendo recuperadas pela Secretaria Municipal de Transportes e Obras. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) também já foi acionada para atender o município.
Em Marabá, no sudeste paraense, foi registrado o nível de 11,24 m no Rio Tocantins, nesta sexta-feira. No local, segundo relatório da Defesa Civil, há 85 famílias desabrigadas, 21 desalojadas e 49 deslocadas.
Água potável - A partir deste sábado (8), a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) vai distribuir água potável para as famílias que se encontram nos abrigos da cidade. A partir das 8 h, dois carros-pipas cedidos pela Prefeitura do município levarão 40 mil litros de água para distribuição.
Em números gerais, o Pará registra, até hoje, 171 famílias desabrigadas (que estão alojadas em abrigos mantidos pelas prefeituras locais) e 234 famílias desalojadas (que estão em casas de parentes ou amigos). A Defesa Civil estima que, aproximadamente, 3.500 famílias foram afetadas, mas optaram em permanecer em suas residências, pois estão em uma situação ainda considerada aceitável. “O monitoramento é permanente, e o Estado do Pará está em atenção através das regionais da Defesa Civil. Os municípios que mais causam preocupação são, no Xingu, Altamira e Medicilândia, e no sudeste, Marabá e Tucuruí, já com famílias desabrigadas e indicação de elevação do nível dos rios.
“Na Região do Baixo Amazonas, na Região Metropolitana e no nordeste do Pará, está tudo dentro da normalidade, pois não atingimos nem cota de alerta”, informa o tenente coronel José Almeida.